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“É difícil um apoio formal a qualquer uma das chapas”, diz Goura sobre 2° turno em Curitiba

O deputado afirmou que o momento após a derrota ao lado de Luciano Ducci (PSB) é de reflexão, lamentando o que definiu como um avanço da extrema direita no Brasil
Goura em entrevista ao Nosso Dia nesta segunda-feira (Foto: Geovane Barreiro - Nosso Dia)
O deputado afirmou que o momento após a derrota ao lado de Luciano Ducci (PSB) é de reflexão, lamentando o que definiu como um avanço da extrema direita no Brasil

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

08/10/24
às
9:16

- Atualizado há 2 meses

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De volta aos trabalhos na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), o deputado estadual Goura (PDT), candidato a vice-prefeito derrotado no 1° turno das eleições municipais em Curitiba, afirmou ao Portal Nosso Dia ser muito difícil um apoio formal as duas chapas que disputam o 2° turno, as quais denominou como ‘extrema direita’ (Eduardo Pimentel) e ‘extrema direita mais extrema ainda’ (Cristina Graeml). A entrevista foi dada durante a tarde desta segunda-feira (7).

“Vamos avaliar e decidir qual é o rumo, mas adianto que é muito difícil um apoio formal às chapas, porque elas não representam a perspectiva de cidade que nós queremos. Curitiba tem 322 favelas, tarifa mais cara do transporte, problemas sociais e vamos cobrar que isso esteja em pauta”, disse Goura.

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O deputado afirmou que o momento após a derrota ao lado de Luciano Ducci (PSB) é de reflexão, lamentando o que definiu como um avanço da extrema direita no Brasil. “Momento de muita reflexão. Olhando o cenário do Brasil, e não é exclusividade de Curitiba, você vê um pêndulo histórico à extrema direita. Um suposto voto de indignação que foi para a extrema direita em Curitiba”, destacou.

Para Goura, o principal a se lamentar será a falta de um debate entre formas diferentes de pensar Curitiba. “A gente sabia do risco de um 2° turno entre a extrema direita (Eduardo Pimentel) e a extrema direita mais extrema ainda (Cristina Graeml). Tínhamos um projeto de uma Curitiba menos desumana e desigual. Quem perde neste debate é a cidade e as políticas públicas”, afirmou.

Sobre uma possível escolha pessoal para o 2° turno, Goura disse que será o menos pior. “A gente vai ter que escolher o menos pior. Não vou apontar uma posição definida. O que espero é que eles dialoguem com todo o campo que não votou neles. Representamos um campo expressivo da população e esse campo tem que ser contemplado”, ressaltou.

Por fim, ao ser questionado pelo Portal Nosso Dia sobre pontos positivos e negativos da gestão do prefeito Rafael Greca, Goura não titubeou. “A gente pode dizer que ele não foi alguém ‘anticiência’, ‘antivacina’, um completo negacionista. Fazer justiça a isso, apontar avanços, mas tem muitos erros e falta de dialogo. Agora mesmo na obra da Av. Arthur Bernardes (corta de árvores para o Novo Inter 2) não houve dialogo. Tem sim suas virtudes, fui oposição enquanto vereador, adversário em 2020, mas acho que o balanço é negativo no funcionalismo, política de cultura e educação”, concluiu.

A chapa de Goura com Ducci fez 181.770 votos (19,44%) e ficou em terceiro lugar nas eleições em Curitiba.

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