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Duas horas após a confirmação da derrota nas urnas de Curitiba, Cristina Graeml (PMB) garante que não se considera perdedora. “Não deu nada errado, não me considero perdedora. Acho que isso é uma vitória de quase 400 mil curitibanos que disseram ‘não’ ao sistema (…). Agora, nós estaremos bem atentos em relação à Curitiba, vamos nos posicionar para cobrar que todas aquelas promessas de campanhas sejam cumpridas”, diz ela, que se reuniu com a equipe para um pronunciamento à imprensa em um hotel da cidade, pouco antes das 20 horas.
Eduardo Pimentel (PSD) recebeu a maioria dos votos e está eleito como prefeito de Curitiba com 57,64% de votos válidos, com 531.029 mil votos. Cristina Graeml teve 42,36%, e somou 390.254 mil votos.
No pronunciamento, Cristina agradeceu os votos e à família. “Quero agradecer, imensamente, a cada voto desses curitibanos que buscam uma Curitiba livre, que acreditaram na nossa proposta e está aqui criado um movimento que não é só curitibano e se espalhou pelo Brasil. Agradeço a minha família que viu o sobrenome ser jogado em uma lama que não existe. A nossa família construiu muito em Curitiba, nossos antepassados muito nos honram. Tenho muito orgulho da minha trajetória como jornalista e orgulho desse início de carreira política. Isso aqui foi só o começo”, plenaja.
Aos apoiadores, Cristina pede que não fiquem tristes e avalia a campanha como gigante. “A gente sai mais forte, não fiquem triste, porque saímos gigantes. Nós mostramos a nossa força. Nós conseguimos mostrar a um sistema apodrecido, um sistema político e eleitoral partidário e viciado toda a nossa força. Todos contra uma mulher. Por isso, aqui não tem um pingo de tristeza”, defende.
A candidata voltou a dizer sobre o uso de recurso público para campanha e atacou a imprensa. “Fizemos uma campanha limpa, sem nenhum recurso público, lutamos contra tudo e contra todos, contra uma máquina de mentiras, contra muitos jornalistas aí que não se deram ao trabalho de buscar a verdade, que foram comprando as calúnias disparadas contra mim. E eu estou limpa, continuo na luta”, declara.
Pela primeira vez, Cristina admitiu que teve dificuldade dentro do próprio partido e, nas entrelinhas, garante que fará uma avaliação sobre sua continuidade no partido.
“É óbvio que a gente vai ter que avaliar essa força. (…) Eu sequer tinha partido, tive que lutar dentro do meu próprio partido que, de repente, o partido da mulher brasileira não queria que uma mulher estivesse na disputa, não queria que uma mulher chegasse ao 2º turno, nem comemorou esse feito histórico. O partido se posicionou neutro, então, a gente não tinha nem esse apoio”, diz no pronunciamento. “Quando eu falo que é só o começo é porque renasceu no curitibano uma esperança que estava adormecida. Curitiba e o Brasil entenderam que precisamos de novas lideranças e qualquer um de nós, que se preste a colocar na frente, tem espaço”, completa.
Ao fim, a Cristina Gramel afirma que descansará pelos próximos dias e que ainda decidirá sobre o futuro político da sua caminhada que, segundo ela mesma, está só começando.