- Atualizado há 1 ano
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Em março de 2024, a média de pessoas atendidas nas UPAs de Curitiba foi de 4.285 por dia, um número 25% maior comparado ao mesmo mês do ano passado. Em janeiro deste ano, as UPAs atendiam, em média, a 3.223 pacientes por dia. Ou seja: dois meses depois, as unidades passaram a receber mais 1.000 pacientes todos os dias. Os dados são da Prefeitura de Curitiba.
Devido ao aumento de pacientes e pressão no sistema de saúde, a Prefeitura determinou mudanças no atendimento à população nesta quarta-feira (10). Entre as novidades, está o fluxo em Y, que prevê um eixo de atendimento específico para casos respiratórios e pacientes com suspeita de dengue e outro eixo para os demais atendimentos.
Além disso, será ampliada a carga horária dos médicos das UPAs e haverá a instalação de tendas, para melhor acomodar o atendimento, na UPA Boa Vista e UPA Cajuru, as mais impactadas neste momento.
Haverá, ainda, a exemplo do que já acontece na UPA Fazendinha, a expansão, a partir da próxima semana, da estratégia das cabines com conexão direta para teleatendimento de casos leves pela Central Saúde Já Curitiba, nas UPAs Boa Vista, Sítio Cercado e Cajuru.
As UPAs do município, ainda, poderão ter, quando necessário, parte dos leitos direcionados para internamento hospitalar, funcionando como unidades de retaguarda dos hospitais do SUS Curitibano.
Em 2024, até 6/4, foram realizados 17.034 atendimentos por suspeita de dengue em toda a rede municipal. Neste mesmo período no ano passado, tinham sido apenas 378 atendimentos por conta desta doença. Ou seja, houve um aumento do número do atendimento por suspeita de dengue em 45 vezes.
De acordo com a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, não apenas o volume de atendimento é um fator complicador, como também o tipo de atendimento necessário nestes casos. “O atendimento dos pacientes de dengue é demorado”, explica. “O paciente com suspeita de dengue precisa fazer prova do laço, ter seu caso notificado, ficar recebendo soro, receber medicação”, completa.
Nesta mesma conjuntura, a cidade também passa por um aumento de atendimento de casos respiratórios. Em 2024, a rede municipal de saúde registrou desde o início do ano até 6/4, 162.327 atendimentos por sintomas respiratórios, um número 64% superior ao esperado para este período, que seria de 98.970 atendimentos, de acordo com a série histórica.
Os atendimentos por sintomas respiratórios em 2024 superam não apenas a média da série histórica, como também os números registrados por atendimentos respiratórios especificamente nos últimos anos (pandemia e pós-pandemia).
Em 2020, no mesmo período, haviam sido registrados 112.409 atendimentos respiratórios. Em 2021, 149.030. Em 2023, 116.606. Somente 2022 registrou número de atendimentos superiores a 2024, com 200.609, no mesmo período.
A SMS reforça à população para que procure as 104 unidades básicas de saúde em casos leves ou não urgentes.
Os pacientes de Curitiba também podem procurar atendimento via Central Saúde Já, para queixas leves agudas. A Central Saúde Já funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, inclusive nos feriados. Nos sábados e domingos funciona das 8h às 20h.
As UPAs são unidades voltadas ao atendimento de casos graves e de emergências de saúde. As UPAs trabalham com um sistema de classificação de risco. Assim, aqueles pacientes com queixas mais urgentes são priorizados, enquanto os demais casos podem aguardar mais tempo.