Empreender é uma das atividades mais angustiantes dos seres humanos. Primeiramente porque envolve riscos relacionados a possíveis perdas, mas além disso, refere-se a uma aposta no presente para ganho em um futuro incerto.
Podemos buscar na história da humanidade uma atividade que nos acompanha há mais de 10.000 anos, e que se faz indispensável até hoje, e que nos trás a mesma angústia: a agricultura.
Quando uma pessoa decide que no futuro quer colher milho por exemplo, ela faz primeiramente uma renúncia de outras culturas, apostando que esta é a melhor escolha. Além disso ela faz uma renúncia de vida. Pois investirá tempo e energia própria e de outros envolvidos em fazer uma atividade que não dará benefício imediato nenhum.
Essa energia será investida desde a busca de conhecimento sobre a melhor maneira de realizar o plantio, passando pelo planejamento e execução do plantio e por um longo período de manutenção e cultivo.
Durante todo esse período, uma coisa é certa: não haverá colheita! É trabalhar arduamente sem receber nada.
Quando um empreendedor, dono de um negócio, vive do cultivo de um empreendimento que deu certo, ele se acostuma com a colheita frequente. Entretanto, assim como na agricultura, ambientes se esgotam, ou surpresas no ambiente acontecem, ou estão prestes a acontecer.
É nessa hora que o empreendedor precisa enfrentar o sofrimento e se preparar para começar a fazer novos plantios, e lembrar que só assim existirão novas colheitas.
