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Com casos em alta, Saúde de Curitiba faz alerta para vacinação contra coqueluche

Com o registro de novos casos de coqueluche em todo país, o Ministério da Saúde recomendou reforço à vacinação de adultos, principalmente gestantes, puérperas e profissionais de saúde
Curitiba orienta vacinação contra coqueluche para gestantes, puérperas e profissionais de saúde. Foto: Valdecir Galor/SMCS
Com o registro de novos casos de coqueluche em todo país, o Ministério da Saúde recomendou reforço à vacinação de adultos, principalmente gestantes, puérperas e profissionais de saúde

Redação*

27/06/24
às
6:57

- Atualizado há 4 meses

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Entre as doenças imunopreveníveis, a coqueluche está entre as que podem ser muito graves para os bebês. A primeira dose da vacina que protege contra a doença é aplicada aos 2 meses de idade, portanto, para proteger os recém-nascidos, é essencial que gestantes e puérperas (mulheres que tiveram bebês em até 45 dias) sejam imunizadas, alerta a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, assim como também os profissionais de saúde, principalmente os que atuam em maternidades e clínicas pediátricas.

Com o registro de novos casos de coqueluche em todo país, o Ministério da Saúde recomendou reforço à vacinação de adultos, principalmente gestantes, puérperas e profissionais de saúde.

“Em adultos, a coqueluche pode ser assintomática e muitas vezes confundida com um resfriado, por apresentar febre baixa e tosse seca”, explica o médico Alcides de Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia da SMS.

Os mais suscetíveis à coqueluche são as crianças pequenas, menores de 1 ano, principalmente os bebês recém-nascidos e os prematuros.

A vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B, tem esquema vacinal de três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. O reforço é aplicado com a vacina DTP, versão do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche, aplicada aos 15 meses e outra dose aos quatro anos.

“Antes desse período de imunização, os bebês estão desprotegidos e podem ser contaminados por adultos assintomáticos. Por isso é essencial que a gestante seja imunizada a partir da 20ª semana de gravidez, para garantir proteção ao bebê que vai nascer”, explica Oliveira.

Para adultos, a vacina aplicada é a dTp acelular, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para gestantes, puérperas (mulheres que tiveram bebês em até 45 dias) e profissionais de saúde. No caso de gestantes, mesmo que a mulher tenha sido vacinada em gestações anteriores, essa vacina deve ser aplicada em cada período gestacional, com o objetivo de garantir a imunidade para a criança.

Vacina

O público-alvo de imunização contra a coqueluche pode procurar uma das 108 Unidades de Saúde de Curitiba para se vacinar. Os endereços e horário de funcionamento podem ser conferidos no site Imuniza Já Curitiba.

A SMS vai concentrar a vacinação dos profissionais de saúde nos hospitais e maternidades onde trabalham, mas aqueles que atuam em clínicas pediátricas, por exemplo, também podem procurar a imunização em uma das unidades de saúde de Curitiba, comprovando sua situação laboral para ter direito à dose pelo SUS. Curitiba tem cerca de 10 mil doses da vacina dTpa em estoque para essa iniciativa.

Numa segunda etapa, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a SMS vai convocar trabalhadores de creches e escolas de crianças menores de quatro anos para receber a dose contra a coqueluche. Para isso, aguarda o recebimento de novos lotes do imunizante.

Imunidade

Mesmo quem já teve coqueluche ou foi vacinado na infância, não está protegido contra a doença, o que reforça a necessidade de priorizar a vacinação das gestantes, puérperas e profissionais de saúde.

“Essa vacina não garante imunidade permanente, podendo variar o tempo de proteção entre 10 e 20 anos”, explica o médico da SMS.

Segundo ele, os casos em adultos geralmente são leves e assintomáticos, mas é preciso atenção àqueles que têm bebês na família, assim como os profissionais que trabalham com crianças. Também é importante manter o calendário vacinal infantil em dia.

Em Curitiba, a cobertura vacinal da pentavalente, aplicada nos primeiros 6 meses de vida do bebê, está em 86,7%, enquanto a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Já o primeiro reforço, aos 15 meses, está em 80,4%, e o segundo reforço, aplicado aos 4 anos de idade, atingiu somente 62,1%.

Números

Em 2024, Curitiba confirmou dez casos de coqueluche, de janeiro a 20 de junho. Em 2023, a capital paranaense não teve registros da doença.

No país, alguns municípios têm enfrentado surtos de coqueluche neste ano. O Estado de São Paulo registrou 139 casos nos primeiros cinco meses do ano. No Paraná, já foram confirmados 24 casos entre janeiro e a primeira semana de junho, sendo que em todo ano de 2023 foram 17 registros da doença.

O que é

A coqueluche é uma infecção respiratória, causada por bactéria, altamente contagiosa. Sua principal característica são crises de tosse seca, razão pela qual a doença também é conhecida por “tosse comprida”.

Uma pessoa contaminada pode infectar de 12 a 17 outras pessoas, sendo que a transmissão ocorre pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

Protocolo respiratório

Quem apresenta sintomas respiratórios precisa se proteger e aos demais de seu convívio adotando as medidas preventivas exaustivamente divulgadas durante o período pandêmico da covid. Usar máscara de proteção, proteger o nariz e a boca com o cotovelo ao tossir e espirrar, lavar constantemente as mãos e higienizar com álcool em gel a 70%, além de manter ambientes arejados e evitar aglomerações.

A orientação é ainda mais importante para quem vai visitar bebês recém-nascidos. Caso tenha sintomas respiratórios, o ideal é adiar a visita.

*Com informações da SMCS

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