O policial militar que matou oito pessoas nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná, não aceitava a separação da esposa, o que pode ter motivado os brutais crimes ocorridos entre a noite de quinta (14) e a madrugada desta sexta-feira (15). A informação foi relatada pelo comandante-geral da PM no estado, Hudson Leôncio Teixeira.

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Garcia, a esposa Kassiele, duas filhas e uma enteada (Reprodução)

Fabiano Junior Garcia, de 37 anos, matou seis membros da própria família e outras duas pessoas que não conhecia. Após os crimes, ele tirou a própria vida. Áudios enviados para a família apontam para a provável motivação passional.

De acordo com Teixeira, os indícios apontam para uma premeditação. “Ele saiu de serviço 19 horas e ligou para o cunhado por volta das 23 horas. Não sabemos ainda se cometeu as primeiras mortes neste horário, mas temos a confirmação do fato a meia-noite e meia, então ele teve tempo de se arrepender ou não. Acredito que teve um planejamento, infelizmente”, disse.

O primeiro crime teria ocorrido na zona rural de Céu Azul, onde tiros de pistola na cabeça foram feitos contra dois filhos, de quatro e nove anos. Em seguida, ele teria ido até Toledo, onde matou a mãe, um irmão, a esposa e mais uma filha, uma adolescente de doze anos. As outras duas pessoas estariam apenas passando na rua.

Conforme a PM, entre as vítimas estariam a esposa, a mãe e os filhos do policial. Em nota, a corporação lamentou o caso e afirmou que o policial não tinha problemas psicológicos anteriores.

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Histórico na PM

Com 12 anos de serviço na Polícia Militar, Garcia era considerado um excelente profissional e exercia uma função de confiança.

“Não havia nada que desabonasse a conduta dele. Infelizmente, o caso nos causou estranheza, surpresa e decepção”, concluiu.

Um inquérito policial militar foi aberto para apurar todas as causas da chacina.