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Motorista de Porsche que matou motociclista em SP tem prisão preventiva decretada

O advogado de defesa, Carlos Bobadilla, não quis se manifestar sobre a decisão do TJ-SP em converter a prisão do empresário em preventiva
(Foto: Reprodução)
O advogado de defesa, Carlos Bobadilla, não quis se manifestar sobre a decisão do TJ-SP em converter a prisão do empresário em preventiva

Estadão Conteúdo

30/07/24
às
16:35

- Atualizado há 3 meses

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Igor Ferreira Sauceda, o empresário motorista da Porsche que atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, na madrugada desta segunda-feira, 29, na Avenida Interlagos, zona sul da capital paulista, teve a prisão preventiva decretada no início da tarde desta terça-feira, 30, após audiência de custódia no Fórum Barra Funda.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, “as diligências prosseguem pelo 48.º Distrito Policial (Cidade Dutra), que aguarda os resultados dos laudos periciais, em elaboração pelos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC), para análise e total esclarecimento do caso “

O advogado de defesa, Carlos Bobadilla, não quis se manifestar sobre a decisão do TJ-SP em converter a prisão do empresário em preventiva. Na segunda-feira, 29, Bobadilla disse que a defesa não concordava com a qualificação de homicídio doloso. “Infelizmente, nós tivemos uma fatalidade no dia de hoje. O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. O Igor não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, qualquer entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade.” A defesa não quis comentar os detalhes da ocorrência.

A reportagem do Estadão esteve na delegacia nesta terça e foi informada de que a investigação depende dos laudos para dar seguimento ao caso. Após o fim do inquérito, o caso será julgado e Sauceda pode sofrer pena de seis a 20 anos de prisão por homicídio de dolo eventual, quando a motivação do crime é fútil

Segundo o delegado do 48.° DP, Edilson Correia de Lima, Sauceda teria tido um “ataque de fúria” durante briga de trânsito. Em seu depoimento, o empresário diz que o motociclista teria chutado o seu retrovisor, mas isso ainda será esclarecido com a perícia. Ou seja, ele assumiu a intenção de matar quando acelerou o carro e perseguiu o motociclista, mas não teve motivação premeditada. O teste de bafômetro de Sauceda deu negativo.

O velório de Pedro Kaique Ventura Figueiredo aconteceu nesta manhã no Cemitério Parque dos Girassois, em Parelheiros, zona sul. Seu corpo foi enterrado pela família e amigos às 15h.

Mudança de versão

A polícia diz que houve mudança na versão apresentada pelo suspeito no início da manhã e no começo da tarde de segunda-feira. E nenhuma delas “condizem com as imagens de câmera de segurança”.

Igor teria dito que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos. As imagens, no entanto, mostram a Porsche em alta velocidade.

A polícia ainda aguarda a perícia do carro e coleta de mais imagens, assim como o aparecimento de possíveis testemunhas – um caminhoneiro teria visto e filmado o acidente – para concluir o inquérito.

Não há confirmações, ainda, de que Pedro Kaique teria de fato chutado o retrovisor do Porsche, como afirmou o suspeito. A polícia entende que os dois homens não se conheciam.

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