- Atualizado há 4 meses
O ex-ministro José Dirceu (PT) foi internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo nesta quarta-feira, 31, por insuficiência coronária. Ele fará exame de cateterismo cardíaco previsto para ocorrer na quinta-feira, 1º, segundo boletim médico divulgado pelo hospital. O objetivo é determinar se há necessidade de cirurgia.
É o segundo problema de saúde enfrentado por Dirceu este ano. Em fevereiro, ele deu entrada no mesmo hospital com pneumonia. De acordo com o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho dele, o ex-ministro passa bem.
“Falei com meu pai há pouco, por vídeo, ele está muito bem, fará um cateterismo, para avaliar se existe ou não, obstrução de uma artéria coronária, procedimento que ele já fez em 2007 e 2018, quando não foi necessário colocar stent”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter).
Antes da internação, José Dirceu declarou na terça-feira, 30, que o ditador Nicolás Maduro é o vencedor das eleições venezuelanas e que o processo ocorreu de forma segura e inviolável. “Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição, muito menos às manifestações violentas”, disse.
Afastado dos holofotes, o ex-ministro planeja se candidatar a deputado federal por São Paulo na eleição de 2026, conforme adiantou ao Estadão, mas diz que é necessário consultar a direção do PT e os deputados da sigla para o plano ir adiante.
Dirceu foi condenado em 2012 a 7 anos e 11 meses de prisão no esquema do mensalão. O esquema consistia no pagamento de mesadas a parlamentares para assegurar apoio à base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004. Em 2016, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso concedeu indulto ao ex-ministro da Casa Civil no âmbito do mensalão, mas ele permaneceu preso em razão de penas oriundas da Lava Jato.
Em 2016, o então juiz e atual senador Sérgio Moro (União-PR) condenou Dirceu a 23 anos de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pela acusação de ter recebido propina em um contrato da Petrobras. No ano seguinte, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) diminuiu a pena para oito anos e 10 meses. Em maio deste ano, o STF anulou a pena em razão da idade do político, de 76 anos, o que faz a pena prescrever.