- Atualizado há 6 meses
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Imagens divulgadas pela Assembleia Legislativa do Paraná mostra o momento em que manifestantes, ligados a APP-Sindicato, forçam o portão de acesso ao prédio da Casa e, em seguida, à porta de vidro que dá acesso as galerias, na tarde desta segunda-feira (3). Três pessoas ficaram feridas durante o protesto, entre elas uma mulher de 54 anos com lesões moderadas. Os sindicalistas tentam evitar a votação de projeto de lei que terceiriza a gestão administrativa de 200 escolas estaduais do estado.
Após a invasão, a sessão foi suspensa pelo presidente da Alep, o deputado estadual Ademar Traiano (PSD), porém os trabalhos foram retomados de forma remota às 17h e a votação deve acontecer ainda hoje.
Neste momento, mesmo com a sessão remota, os manifestantes permanecem nas galerias da ALEP e também nas rampas do prédio, ocupando os espaços. Os sindicalistas prometem permanecer no local o quanto for preciso para evitar a votação por parte dos deputados. Para a presidente da APP Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, a invasão foi fruto da falta de negociação do Governo do Paraná.
“Nós pedimos desde o início que o projeto fosse retirado de pauta e debatido conosco. Infelizmente, o governo não negociou e culminou na ocupação da Casa pelas pessoas. São mais de 20 mil pessoas nas ruas de Curitiba contra a venda da escola pública e, se houvesse uma mesa de negociação, nada disso teria acontecido hoje”, afirmou.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, afirmou que a adesão à greve dos professores da rede estadual de ensino é baixíssima nesta segunda-feira (3). Em entrevista ao Portal Nosso Dia, Ratinho Jr. disse ainda que a paralisação tem motivações políticas e não pensa na Educação do Paraná.
“A greve é ilegal, com baixíssima adesão, e a maioria dos alunos está com aulas normais. Isso mostra a maturidade dos professores em entender que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre o projeto. Este programa já aconteceu na Inglaterra, no Canadá, e vai modernizar a educação, para ajudar o professor a não ficar cuidando de lâmpada apagada, descarga que não funciona no banheiro”, disse o governador, que não se impressionou com o número de manifestantes na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, na manhã de hoje. “A gente viu que a manifestação é muito mais de professores da UFPR, que estão usando a manifestação da APP”, afirmou.
O governador ainda lamentou que mais uma vez a APP Sindicato esteja indo contra a educação do Paraná. “A gente fica triste. Estes mesmo sindicalistas foram contra as três merendas, escolas cívico militares, que hoje temos fila de espera para entrar, contra escola em tempo integral e reestruturação da base. São contra porque são manipulados por partidos políticos. Nós somos a melhor educação do Brasil e temos certeza que isso vai transformar ainda mais”, destacou.
Por fim, o governador explicou o motivo do projeto tramitar em regime de urgência e destacou que os pais levem as crianças às aulas. “Regime de urgência porque é algo importante. Temos até novembro para a consulta aos pais, para entrar em funcionamento no ano que vem, por isso essa necessidade. E os pais podem enviar os filhos as escolas, porque a adesão à greve está baixíssima. Os professores porque sabem que é uma greve política”, concluiu.