
- Atualizado há 9 meses
Um dia após o julgamento, a Justiça autorizou que Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pela morte do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, cumpra a pena em regime domiciliar.
Conforme o documento, a medida foi tomada em função das sequelas que tem, já que no dia que matou Arruda também foi baleado e espancado. A decisão é assinada pelo desembargador Gamalie Seme Scaff.
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“Ao que parece, o paciente continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões que o acometem, logo, por ora, chega-se à ilação de que sua prisão domiciliar não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal”, diz trecho.
A medida é liminar e será julgada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Ficou definido que Guaranho deve cumprir a prisão domiciliar em Curitiba. Guaranho foi condenado por homicídio com duas qualificadoras.
Na decisão pela condenação da última quinta-feira, a Justiça definiu que Guaranho, antes em prisão domiciliar, deveria cumprir a pena em regime fechado. Ele chegou a ser levado ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, de onde agora deverá ser liberado.
A decisão revoltou a bancada de oposição da Assembleia Legislativa do Paraná, que emitiu uma nota afirmando que a decisão desrespeita a vítima e banaliza um crime de ódio ideológico.
Confira a nota:
A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) repudia a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) que mantém Jorge Guaranho, condenado a 20 anos pelo assassinato político de Marcelo Arruda tesoureiro do PT, em regime domiciliar. A justificativa de “razões humanitárias” desrespeita a vítima e banaliza um crime de ódio ideológico.
Marcelo foi executado com uma arma do Estado por divergir politicamente. Enquanto sua família sofre, o assassino usufrui de um regime que relativiza a barbárie. Confiamos que TJ-PR ou Superior Tribunal de Justiça (STJ) revisará a decisão, garantindo o cumprimento integral da pena em regime fechado.
Aprovada por unanimidade após o crime, a lei:
A Bancada reconhece a autonomia do Judiciário, mas acredita ser necessário:
Apoiamos a família de Marcelo e confiamos na revisão técnica do caso pelo STJ. A luta contra a intolerância exige aplicação rigorosa da lei e respeito à decisão do Júri.