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Transportadores de cargas pedem solução urgente para interdição parcial da BR-277

Diariamente chegam à Federação relatos de transportadores que contam como está sendo viver esse período
Diariamente chegam à Federação relatos de transportadores que contam como está sendo viver esse período

Redação

14/12/22
às
15:05

- Atualizado há 2 anos

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A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná – FETRANSPAR divulgou um comunicado, nesta quarta-feira (14), em que pede uma solução urgente para a interdição parcial da BR-277, em Morretes, Litoral do Paraná, que já dura 60 dias. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que não há uma data para a liberação das pistas da rodovia.

PRF na BR-277. Foto: PRF

Para a FETRANSPAR, entidade que representa mais de 20 mil empresas em todo o Estado, os sedimentos que estão na rodovia, interditando-a parcialmente e estrangulando o tráfego, são apenas a ponta do problema que não parece ter uma solução tão próxima.

“É necessário tratar o assunto com prioridade. O jogo de empurra entre órgãos responsáveis pela estrada e o próprio Governo Estadual é o que mais atrapalha. A rodovia já poderia estar em vias de liberação se esforços fossem somados”, analisa o presidente da FETRANSPAR, Coronel Sérgio Malucelli, que esteve no local do deslizamento neste início de semana e conta ter visto ainda um cenário desolador mesmo depois de oito semanas do ocorrido.

Diariamente chegam à Federação relatos de transportadores que contam como está sendo viver esse período. A principal queixa está relacionada ao tempo de viagem entre Curitiba e litoral do Paraná que aumentou em pelo menos 3 horas para quem desce com a carga e em média 4h para quem sobe do litoral para a Capital. “Tempo é algo precioso no setor de transportes. Cargas que demoram a chegar ao destino são sinônimo de prejuízos”, diz Malucelli. Segundo a Federação o frete já sofreu reajuste médio de 20% devido a essa interdição.

No início desta semana, o presidente da FETRANSPAR esteve no local da queda de barreiras na BR-277. Para ele o cenário é desolador e cobra das autoridades mais agilidade e empenho em resolver a situação. “Ao que tudo indica, teremos movimentação recorde no Porto em 2023, com a chegada da safra de grãos no primeiro trimestre. A temporada de Verão bate a porta e certamente as chuvas da estação mais quente do ano não darão trégua. Temos um cenário bastante tenso para os próximos meses”, salienta.

Malucelli destaca que, embora a BR 277 seja uma rodovia de responsabilidade hoje do Governo Federal é preciso tratar a questão da interdição como algo interno. “É preciso que o governo estadual sente com os órgãos competentes e estude medidas plausíveis em conjunto, inclusive abrindo mão de recursos do Estado para solucionar o problema. Não se pode simplesmente delegar o fato para um órgão. É preciso trabalhar unido e fazer o impossível acontecer. Afinal, grande parte da economia do Estado passa por esse trecho de estrada, quanto mais tempo interditada, mais prejuízos a todos os paranaenses”, destaca.

O presidente da FETRANSPAR alerta ainda que é iminente que comerciantes do litoral do Paraná comecem a sentir no bolso os reflexos deste problema. “É claro que grande parte das famílias vão preferir outros destinos em vez de se aventurar em passar pela BR 277 rumo ao litoral neste verão. E isso é sinônimo de prejuízo para os comerciantes. Ainda há tempo do Governo Estadual executar plano emergencial, se isso não ocorrer, lá na frente não adianta culpar o clima ou as chuvas pelos prejuízos. Ainda dá para reverter o jogo e estancar essa sangria”.

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