- Atualizado há 5 meses
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A delegada da Polícia Civil Thais Zanatta disse que todos os envolvidos são suspeitos no caso do desaparecimento dos medicamentos da menina Yasmin Aparecida Campos, que luta contra um neuroblastoma, tipo de câncer bastante agressivo. A delegada falou com os veículos de imprensa na manhã desta quinta-feira (13). As informações são da Catve.com.
A família de Yasmin ganhou na Justiça o direito de receber o medicamento Danyelza para realizar o tratamento contra o neuroblastoma. O remédio não é disponibilizado pelo SUS, é produzido na Índia e custaria R$ 2,4 milhões.
A decisão da Justiça definiu que o advogado da família de Yasmin apresentasse pelo menos três orçamentos de empresas importadoras do medicamento, para que uma fosse escolhida. Uma empresa de Santa Catarina ofereceu o menor valor e foi a selecionada, sendo que a Justiça depositou o valor.
Segundo a delegada, a empresa vencedora contratou uma segunda companhia, dessa vez do Rio Grande do Sul, para auxiliar no processo de importação.
O prazo para a entrega dos medicamentos era de 30 dias, mas a família recebeu apenas uma parte dos remédios. Além disso, os produtos recebidos eram genéricos, não tinha selo da Anvisa e nem mesmo lacre de segurança, o que, conforme Thais Zanatta, impede a conferência da qualidade e autenticidade do remédio.
Como está a investigação?
A Polícia Civil investiga pelo menos quatro pessoas, mas as ações podem alcançar ainda mais suspeitos. O proprietário de uma das empresas envolvidas na questão possui antecedentes criminais, de acordo com a delegada.
Além das empresas, o advogado envolvido também será investigado. A Polícia Civil comunicou o Gaeco para que o órgão proceda uma investigação sobre os servidores públicos envolvidos, a fim de descobrir possíveis crimes.
Segundo a delegada, os responsáveis podem ser condenados pelos crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de capital e emissão de notas falsas. Além disso, caso a conduta dos envolvidos seja responsável por danos à saúde de Yasmin, os envolvidos podem ser enquadrados no crime de homicídio doloso.
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