O Procon-PR (Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor) determinou a suspensão da venda de Del Valle Fresh, produto que é comercializado como suco, apesar de não ter a quantidade mínima de fruta para sere considerado como tal. A abertura do procedimento administrativo foi anunciada nesta terça-feira (24) pela coordenadora do órgão, Claudia Silvano.
Segundo Silvano, a decisão acontece após denúncia do Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec). “O Procon instaurou um procedimento administrativo em face da Coca-Cola determinando a imediata suspensão de venda e retirada das áreas de venda dos sucos Del Valle Fresh”, diz.
Há pouco mais de um mês, o Idec denunciou que a linha de bebidas Del Valle Fresh leva, “erroneamente”, o consumidor a concluir que o produto é saudável e feito à base de frutas, enquanto, na verdade, elas não representam nem 1,5% do conteúdo.
Em nota, a Coca-Cola informou que a ilustração no rótulo da linha Fresh da marca Del Valle reflete a matéria-prima presente na bebida.
“E em razão do seu compromisso de transparência com o consumidor, disponibiliza no respectivo rótulo todas as informações referentes à sua composição, incluindo a quantidade de suco presente no produto, em estrita observação à legislação brasileira vigente e normas regulamentadoras dos Órgãos competentes da categoria. E ainda, esclarece que os produtos da linha Fresh da marca Del Valle não são e nunca foram classificados como suco ou néctar. A empresa garante que seguirá todas as determinações dos órgãos competentes”, afirma a empresa.
Leite condensado que não é
Outro processo administrativo foi aberto contra a Nestlé, por conta da venda de uma mistura láctea que tem embalagem semelhante a do leite condensado da empresa.
“É um produto que é muito parecido com leite condensado, mas se trata de uma mistura láctea, o que induz o consumidor em erro, já que as embalagens são praticamente iguais”, conclui.
Segundo a Nestlé, o Moça® Pra Toda a Família, é “uma alternativa ao leite condensado com menor desembolso para as famílias brasileiras que querem continuar preparando suas receitas sem abrir mão da segurança do resultado e da qualidade” da empresa.
Em ambos os casos, o Procon pede a suspensão da venda e retirada do mercado até que haja adequação das embalagens para que o consumidor.