- Atualizado há 3 anos
O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) afirmou que ‘pedirá a cabeça’ de um professor da rede pública de ensino de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, que falou mal do presidente Jair Bolsonaro (PL) na sala de aula. A afirmação aconteceu por meio de um vídeo, onde o deputado expõe parte de uma gravação feita por um estudante. Nessas imagens, um professor fala que Bolsonaro incentiva a violência e é preconceituoso. (assista abaixo).
Para o deputado, o professor deve responder criminalmente e civilmente pela fala em sala de aula. “Esse vagabundo, eu nem chamo de professor, é um vagabundo (sic) que faz política mentirosa e ordinária, dizendo um monte de coisa sobre o nosso presidente. Então, na segunda-feira, eu vou pedir sua cabeça para o secretário de Educação e para o governador. Você não vai mais dar aula em colégio estadual aqui no Paraná e ainda vai responder criminalmente, civilmente pelo que você está dizendo aí.
Para o deputado, o professor da rede pública é fanático. “Você não é professor, você é um lixo, esquerdista e fanático. Defensor da censura, do comunista e do bandido Lula”, critica Arruda.
Em seu perfil nas redes sociais, o deputado se intitula como sendo anti-PT, militar brasileiro, militante do Bolsonaro e cristão.
Nas imagens divulgadas pelo deputado Arruda, o professor da escola pública de Colombo é gravado xingando o presidente. “Bolsonaro incentiva a violência. Bolsonaro é racista, preconceituoso, misógino, homofóbico. Ele usa o nome de Deus em vão”, diz parte da gravação.
O nome do professor não será divulgado até que, oficialmente, a Secretaria de Educação se manifeste.
O Portal Nosso Dia entrou em contato com o professor citado pelo deputado Ricardo Arruda. Ele está em contato com um advogado e decidindo sobre ações futuras. Assim como, o Portal Nosso Dia também entrou em contato com a comunicação da Secretaria de Educação e aguarda contato.
Esse é o mesmo deputado que se envolveu recentemente em outra polêmica durante uma sessão no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na última segunda-feira (25).
Arruda disse que “nunca houve ditadura” no Brasil. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Arruda disse ainda que aqueles que foram torturados “mereceram” sofrer a violência.