O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Corregedoria da Polícia Civil cumprem, nesta terça-feira (19), quatro mandados de busca e apreensão em residências de ex-agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba.

PUBLICIDADE
Policiais então na Delegacia do Meio Ambiente são os alvos (Foto: Luiz Costa /SMCS)

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as investigações apuram possível crime de concussão (crime praticado pelo servidor público que usa de sua função para exigir vantagem indevida).

O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, explica que, a pretexto de haver irregularidades em um dos postos de combustíveis de uma rede, o grupo de policiais teria apreendido um funcionário, encaminhando-o à delegacia, onde o teriam retido por cerca de seis horas numa sala, exigindo inicialmente R$ 50 mil para liberá-lo – quantia depois diminuída para R$ 10 mil e que teria sido paga em dinheiro pelo dono do posto ao grupo de policiais.

“Foi exigido o pagamento de propina, com o funcionário sendo levado obrigado para a delegacia. Ele permaneceu ali até que o proprietário do posto conseguisse ajustar o valor. Temos também vários outros elementos, como uma notificação que era feita, mas que nunca era formalizada em lugar algum”, explicou.

Os fatos investigados ocorreram em fevereiro de 2019 e envolvem o então delegado-chefe da unidade e três investigadores ligados à Delegacia do Meio Ambiente na época – dois deles já se aposentaram, e o terceiro está atualmente em outra delegacia. Um quarto investigador já tinha sido alvo de mandado de busca na primeira fase da operação.

PUBLICIDADE

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.