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Novembro Azul: 23 mil casos de câncer de próstata são diagnosticados por ano

Exames de rastreamento devem ter início aos 50 anos de idade, mas aos 45 em populações específicas
Exames de rastreamento devem ter início aos 50 anos de idade, mas aos 45 em populações específicas

Redação com assessoria

02/11/24
às
8:44

- Atualizado há 1 mês

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O Novembro Azul é o mês marcado pela conscientização sobre o câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil ele é o segundo câncer mais comum em pessoas com próstata, ficando atrás apenas do de pulmão. Estima-se que sejam diagnosticados cerca de 23 mil casos por ano.

O pico da doença se dá por volta dos 65 anos, mas, atualmente, pessoas mais jovens têm manifestado o câncer. Segundo Dr. Mario Elias de Mattos, urologista do Núcleo de Oncologia do Hcor, é recomendado que o exame por toque retal e a dosagem de PSA (proteína produzida pela glândula) sejam feitos a partir dos 50 anos.

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“Pessoas com maior risco de desenvolvimento da doença, como a população negra, obesos e com familiares diretamente relacionados afetados pelo câncer, devem iniciar o rastreamento aos 45 anos. A doença é confirmada por ressonância nuclear magnética da próstata seguida de biópsia e, então, exames de estadiamento (imagem e de anatomia patológica) vão apontar o estágio em que a doença se encontra, orientando o tratamento mais adequado para cada cenário”, aponta o especialista.
 

Em fases iniciais, quando a doença está limitada à próstata, o tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico, ambos com taxas de cura elevadas (acima de 90%). Aqui, o tratamento cirúrgico com emprego de tecnologia robótica tem ganhado destaque, especialmente pela rápida recuperação dos pacientes, apresentando menores sequelas em termos de continência e prejuízo na função sexual erétil. “Já quando a doença se apresenta em fase avançada, tratamentos sistêmicos como associação de radioterapia com quimioterapia ou bloqueadores hormonais são indicados, com bons índices de controle da doença e sobrevida.”
 

O diagnóstico em estágio inicial pode fazer toda a diferença, principalmente em pacientes assintomáticos. No mais, para prevenir maiores riscos relacionados ao câncer e o desenvolvimento de outras doenças, é importante manter hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física, o controle do peso e não fumar. “Espera-se que os avanços recentes em mapeamento genético também nos ajudem no combate à doença, mas, por ora, a detecção precoce é o meio mais eficaz”, finaliza Dr. Mário.

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