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A Delegacia de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, identificou, nesta terça-feira (26), o motorista de aplicativo que retirou pelos cabelos uma passageira, no último dia 20, depois de uma divergência sobre o local do término da corrida. Ele é esperado para depor nos próximos dias pela equipe de investigação.
A vítima, uma professora da rede estadual, se dirigia até uma aldeia, onde realizaria atividades alusivas ao abril indígena.
Em entrevista ao Nosso Dia, o delegado Paulo Renato de Araújo, que investiga o caso, confirmou que o motorista será indiciado por lesão corporal e injúria qualificada, quando a ofensa é motivada por cor, raça ou etnia.
“Houve essa divergência pela corrida, ele pediu mais R$ 15 para ir adiante e a retirou do carro pelos cabelos, também jogando as compras que a professora havia feito. Como ele falou sobre a questão da aldeia indígena, existe a investigação de uma motivação racial para as agressões”, afirmou o delegado.
O motorista de aplitativo foi bloqueado da empresa 99, a qual prestava serviço no momento da agressão. Segundo o delegado, ele não tinha antecedentes criminais e, por não haver flagrante, responde ao caso em liberdade.
“Mobilizamos uma equipe que realizou acolhimento à vítima e suporte para acionamento do seguro. Também efetuamos o estorno do valor total pago na corrida. A plataforma está disponível para colaborar com as investigações das autoridades locais”, disse a empresa.