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SEGURANÇA

De enfermeira a porteiro: 4 são indiciados por morte de idoso que caiu e foi atropelado em Curitiba

O caso chamou a atenção após dezenas de motoristas terem passado pelo senhor caído no chão, na Rua XV de Novembro, e não terem prestado socorro
Motoristas passaram pelo idoso caído e não prestaram socorro (Foto: Reprodução de vídeo)
O caso chamou a atenção após dezenas de motoristas terem passado pelo senhor caído no chão, na Rua XV de Novembro, e não terem prestado socorro

Luiz Henrique de Oliveira

19/12/24
às
18:00

- Atualizado há 2 dias

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A Delegacia de Delitos de Trânsito concluiu o inquérito policial e indiciou quatro pessoas no caso da morte do idoso Edmundo Goralewski, de 90 anos, que aconteceu na noite do dia 28 de setembro, no Centro de Curitiba. O caso chamou a atenção após dezenas de motoristas terem passado pelo senhor caído no chão, na Rua XV de Novembro, e não terem prestado socorro.

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Foram indiciados o motorista que atropelou Edmundo; o porteiro de um prédio em frente ao local e que não prestou socorro imediato; uma enfermeira de um hospital da região que se negou a atendê-lo e um segundo condutor que desviou do idoso no chão e não fez nada. Pelo vídeo, que você relembra abaixo, é possível ver que o idoso cai com 6 segundos de vídeo e um motorista para o veículo e liga o pisca alerta apenas com 2 minutos e 46 segundos:

O delegado Edgar Santana, responsável pelo caso, iniciou explicando que a primeira a pessoa indiciada foi o motorista que atropelou o idoso e deixou o local. “A primeira pessoa indicada foi o motorista que atropelou a vítima, por homicídio culposo, com causa de aumento pela omissão de socorro por ter se afastado do local de socorro. Ele deixou de adotar as cautelas na direção e isso causou o atropelamento”, explicou.

A segunda pessoa indiciada, conforme o delegado, foi uma enfermeira que trabalha nas proximidades do local. “Ela alegou que não poderia atender o senhor porque o hospital não tinha equipamentos para garantir a integridade da vítima. A lei estabelece que profissionais de saúde tem dever ético de atuar em situações de emergência, desde que não coloquem em risco a própria vida. Sendo assim, as alegações não foram suficientes para a eximir do dever de atuar. Assim, foi autuada pela pratica de homicídio culposo”, destacou o delegado.

O terceiro indiciamento foi o do porteiro de um prédio em frente ao local do atropelamento pelo crime de omissão de socorro. “A terceira pessoa indiciada foi o porteiro de um prédio perto do local, que viu a vítima passando mal e caindo na via. Ele alegou que acionou o Siate e que falou com uma pessoa do condomínio. A atitude que entendemos que deveria ter tomado seria de ir ao local e sinalizar. Ele foi responsabilizado por omissão de socorro”, disse.

Por fim, a quarta pessoa indiciada foi um motorista que desvia do idoso e não presta socorro. “A quarta pessoa indiciada foi o condutor de um Ford Ka, que visualiza o corpo da vítima e desvia, seguindo o caminho, sem prestar socorro”, concluiu.

O inquérito será encaminhado ao sistema judiciário. O espaço está aberto caso os envolvidos queiram se manifestar.

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