- Atualizado há 2 dias
O vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins (PSD), se mostrou animado para ocupar pela primeira vez um cargo no Executivo, já que antes atuou no Legislativo como deputado federal. Em entrevista ao Portal Novo Dia, falou sobre os desafios que vem pela frente e destacou a situação do aumento da população em situação de rua como um dos principais focos para os próximos quatro anos.
Martins falou à imprensa na noite desta quarta-feira (1), antes da cerimônia de transferência de cargo para o prefeito Eduardo Pimentel (PSD). Questionado sobre o maior desafio que vê pela frente, destacou o aumento da população em situação de rua.
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“Você tem um problema real, uma legislação federal que não dá a resposta adequada, então o desafio é o município dar uma resposta eficiente mesmo diante de um arcabouço legal que não é adequado. Vai ter que se reestabelecer um debate nacional para uma abordagem adequada”, afirmou.
Segundo dados do Cadastro Único, divulgado em setembro de 2024, Curitiba tem mais de 4 mil pessoas em situação de rua e 130 mil vivendo em situação de pobreza. “É um problema nacional e é incrível o que está acontecendo. Já tivemos momentos econômicos muito piores e a situação não era o que é hoje. É uma discussão que não é somente de Curitiba”, ressaltou.
Ainda na entrevista, Martins, que é do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, falou sobre a relação que a administração terá com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Tem que ter uma relação republicana. Respeitar os eleitos em Curitiba, como nós respeitamos os eleitos para o Governo Federal. Eu tenho criticas ao governo, outra forma de pensar, mas lá eles são Governo Federal e nós Prefeitura de Curitiba. Essas questões serão permanentes, mas o respeito institucional vai prevalecer, porque temos que trazer resultados para o mesmo povo”, lembrou.
Por fim, o vice-prefeito falou sobre a expectativa para a primeira experiência em um cargo do Executivo. “Desafio novo, porque venho de atuação no Legislativo. Tenho me preparado e aprendido com quem já tem experiência. Isso não é impeditivo para que a gente faça um bom trabalho. Estou olhando a cidade de outra forma, não mais como um ‘cliente’, mas como alguém que oferece o serviço”, concluiu.