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POLÍTICA

“Relação franca e institucional”, diz Ratinho Jr. sobre Lula, em entrevista a CNN

Ratinho Junior também enalteceu o ex-presidente Jair Bolsonaro como um homem que mobiliza multidões, mas apostou em um futuro com menos discussões ideológicas
Governador Ratinho Junior nos estúdios da CNN Brasil (Foto: Jonathan Campos)
Ratinho Junior também enalteceu o ex-presidente Jair Bolsonaro como um homem que mobiliza multidões, mas apostou em um futuro com menos discussões ideológicas

Luiz Henrique de Oliveira

15/02/23
às
8:41

- Atualizado há 2 anos

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O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, participou nesta terça-feira (15) do programa CNN 360°, da CNN Brasil. Em entrevista à jornalista Daniela Lima, falou sobre a relação franca e institucional com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e enalteceu o ex-presidente Jair Bolsonaro como um homem que mobiliza multidões, mas apostou em um futuro para o Brasil com menos discussões ideológicas.

Em um primeiro momento da entrevista, o governador foi questionado sobre a relação com Lula, afirmando ter respeito pelo presidente. “Eu penso que a minha função e a do presidente é cumprir o papel de governar para todos e por isso fomos eleitos, sendo nosso compromisso e missão. Tenho respeito por quem está no cargo e quer colaborar para que o Brasil possa ir bem. É uma relação franca e institucional, com ambos respeitando a maneira de pensar, somando nas pautas importantes para o Brasil”, afirmou o governador.

Ratinho Junior disse que, embora representem lados opostos da política, sabe do talento de Lula. “Temos que trabalhar em cima de uma união e paz para o Brasil. Somos pagos para trabalhar e não brigar. Reconheço que ele é o maior talento da política contemporânea, tenho que reconhecer isso”, pontuou.

E a direita?

Durante a entrevista, o governador foi questionado sobre o futuro da direita no Brasil, após a derrota de Jair Bolsonaro. Para Ratinho Jr, não se deve relevar o poder político do ex-presidente. “Eu acredito que o ex-presidente tem muita força e é um homem de massa, sempre levando junto uma multidão de pessoas. Fez uma votação expressiva, mesmo perdendo a eleição, numa disputa acirrada. Como o eleitor vai se comportar agora? Penso que essa discussão ideológica tende a cansar o eleitor. É possível governar com união de forças, olhando pra frente e sem o ‘nós contra eles'”, pontuou o governador.

Sobre os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, o governador lamentou, mas fez questão de lembrar que não é algo exclusivo da direita. “Vi com muita tristeza o que aconteceu. Quando a gente vê aquele tipo de ação, ficamos tristes como cidadão. Já vivi isso quando um sindicato do Paraná tentou invadir o Palacio Iguaçu. Foi algo que m entristeceu muito, era um sindicato ligado à esquerda. Qualquer ato de vandalismo tem que ser punido com rigor da lei. Tudo aquilo que é fora da lei tem que ser tratado com firmeza pela justiça”, salientou.

Reforma Tributária

Ainda na entrevista, o governador foi questionado sobre o que espera da Reforma Tributária que será levada pelo PT ao Congresso Nacional. Para o governador, não se deve esperar mudanças profundas. “Acho muito difícil que em um momento com instabilidade econômica se consiga prosperar uma reforma profunda. Se conseguir simplificar os tributos, especialmente os federais, é um avanço. Quando você mexe no imposto, mexe com alguém, algum setor ou governo que vai perder arrecadação. Muito complexo conseguir um grande avanço em cima de uma reforma tributária”, opinou.

O governador não descartou que seja criado um imposto único. “Se conseguir fazer uma simplificação, defendo sim imposto único. Se conseguir avançar, eu acredito que é um avanço para o Brasil. Não pode ficar nesse modelo que sufoca o setor privado e dificulta arrecadação dos estados”, concluiu.

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