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Reitor diz que UFPR não é ‘casa da mãe Joana’ e critica uso de fake news por Deltan

Fonseca afirmou que nunca houve a liberação pela presença de um candidato a prefeito e ainda criticou o uso de um fake news por parte de Deltan
Fonseca afirmou que nunca houve a liberação pela presença de um candidato a prefeito e ainda criticou o uso de um fake news por parte de Deltan

Redação Nosso Dia

19/11/23
às
8:49

- Atualizado há 1 ano

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O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, usou a rede social X (antigo Twitter), para explicar em detalhes os motivos da não liberação do Salão Nobre do Campus Santos Andrade para o evento com o ex-deputado federal Deltan Dallagnol. Fonseca afirmou que nunca houve a liberação pela presença de um candidato a prefeito e ainda criticou o uso de um fake news por parte de Deltan.

Inicialmente, o reitor explicou que o pedido dos estudantes do Grupo de Estudos Liberdade e Dignidade (GELD) pelo espaço foi errado, pela presença, segundo ele, de um candidato a prefeito, além da falta de um professor responsável.

Estudantes de extrema direita requerem – erradamente – evento com pré-candidato a prefeito no Salão Nobre sem pedido de professor responsável – requisito sempre exigido, já que a UFPR não é casa da mãe Joana Estudantes de esquerda se mobilizam para impedir o evento (discordo dessa estratégia: a batalha das ideias não se faz assim; a universidade deve ser plural). Organizadores do evento – indiferentes ao dano institucional – insistem no evento e alertam o risco de confronto“, iniciou.

Apesar da fala do reitor, deve-se destacar que o Partido Novo ainda não oficializou de fato uma candidatura de Deltan à Prefeitura de Curitiba. Continuando na explicação, o reitor destacou que o evento não foi cancelado, já que sequer tinha sido autorizado.

Diretor da Faculdade de Direito – corretamente – diz que o evento não está autorizado, por não ter professor que seja responsável e também por ter o dever de zelar pelo patrimônio público. O evento não foi “cancelado”; ele nunca havia sido autorizado.Vereador da cidade (do Partido NOVO) ingressa com Mandado de Segurança pedindo que o evento aconteça; juíza federal indefere o pedido, dizendo que a ação estava errada tecnicamente (erro no polo passivo) e, no mérito, que não houve qualquer ilegalidade nas ações da UFPR“, explicou.

Ainda na postagem, o reitor disse que os políticos envolvidos, buscando engajamento, pediram ataques à UFPR e ele. Ainda, Fonseca criticou que até uma fake news foi usada por Deltan.

“O pré-candidato, flertando com “fake news”, coloca o link de evento que lhe pareceu “pornográfico”, dando a entender que foi na UFPR (quando foi na Bahia), enquanto o evento dele “não pode”. Nas redes, senador ex-juiz faz dobradinha com o ex-deputado, agora ex-palestrante”, disse.

Por fim, concluiu que o saldo foi a UFPR ter sido usada como bucha de canhão por extremistas políticos. “Saldo: tristeza dos que usam sua universidade como bucha de canhão para extremistas da política, das redes e da mídia. E tristeza dos que, já tendo pertencido à nossa comunidade, não mostram qualquer respeito por ela. Pensando bem, não surpreendeu”, concluiu.

Deltan Dallagnol (Foto: Nosso Dia)

Sobre o cancelamento, Deltan afirmou o seguinte ao Portal Nosso Dia:

A UFPR é a faculdade onde estudei e me formei em Direito. Além disso, a universidade é o ambiente por excelência de respeito à pluralidade e diversidade de ideias. Assim, os verdadeiros fascistas são aqueles que tentam calar as vozes de quem é de direita. É absurdo pensar que a universidade tenha barrado e censurado justamente uma palestra em que eu falaria sobre liberdade de expressão“, desabafou.

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