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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) avaliou o vídeo no dia do acidente e chegou a conclusão que o Fusca, filmado pela cabine de um caminhão na contramão da BR-277, momento antes do engavetamento com cinco mortes, estaria parado na rodovia, e não trafegando como investiga a Polícia Civil. Por esse motivo, o motorista acabou liberado no dia do acidente. A informação foi dada pelo superintendente da PRF, Fernando Oliveira, em entrevista à RPC TV. O Portal Nosso Dia confirmou com o chefe da PRF no Paraná a versão de que o vídeo engana e, de fato, as imagens não mostram o carro na contramão.

Para a PRF, analisando frame a frame, as imagens indicam que o Fusca naquele momento estava parado na rodovia, possivelmente por ter rodado um pouco antes do acidente. "As imagens não indicam o carro trafegando na contramão. Essa foi a análise dos policiais pela experiência que eles têm", disse Fernando à RPC TV.

Em entrevista ao Repórter Sassá em Ação, na manhã de domingo (3), o motorista do Fusca tinha afirmado que não trafegou na contramaão de direção e que não se lembrava disso. "Eles perguntaram se eu estava vindo na contramão, me mostraram o vídeo e eu estava em estado de choque e dai encaminhou a gente para fazer boletim (na PRF). Eu vi o vídeo e eu estava sentido Ponta Grossa, na metade do acidente, que já estava tendo. Que eu me lembre não estava na contramão", disse o motorista.

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O motorista afirmou ainda estar tranquilo sobre a responsabilidade no acidente. "Da nossa parte, eu tenho que estamos tranquilo. Tem que pegar o vídeo, se alguém tiver, tem que ter o vídeo da hora da batida do caminhão a traseira do nosso Fusca", pontuou.

Fusca envolvido no acidente (Foto: Polícia Civil)

Investigação

Na manhã desta terça-feira, o delegado de Campo Largo, Ademair Braga, afirmou ao Portal Nosso Dia que buscava a identificação do condutor para iniciar as investigações do caso e saber se houve influência dele, por estar na contramão, em outros acidentes.

"Tivemos acesso ao vídeo e o motorista do Fusca será intimado para prestar depoimento. Há de se considerar que tudo é uma especulação e que buscamos testemunhas. Pelas imagens, é possível supor que ele viu o acidente e resolveu voltar para uma via de acesso, talvez para ganhar tempo", afirmou o delegado, destacando que esse tipo de dúvida só será sanada quando o motorista e testemunhas forem ouvidas.

"O que eu sei é que ele se envolveu no engavetamento depois, mas não sabemos como isso aconteceu. Esperamos que testemunhas compareçam à delegacia para nos ajudar neste caso", disse o delegado, que confirmou o fato de que uma infração gravíssima de trânsito foi cometida pelo condutor do Fusca. "Trafegar na contramão e na faixa de via rápida, o que incrementa muito risco", concluiu Ademair.

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O acidente

No sábado (2), por volta das 14h30, na BR-277, na altura do km 136, em Balsa Nova (PR), a PRF registrou um engavetamento envolvendo múltiplos veículos. A extensão do acidente se deu por cerca de 600 metros. Chovia no momento do acidente e havia a formação de neblina e o congestionamento, em seu pico, chegou a cerca de 15 quilômetros.

Acidente deixou pelo menos cinco mortes (Foto: PRF)

Segundo informações preliminares, inicialmente, houve uma colisão traseira entre um automóvel e um caminhão, dando sequência a várias outras colisões, devido a falta de visibilidade provocada pelas condições climáticas no momento do acidente. Dois caminhões se incendiaram com as colisões. Não houve vítimas relacionadas ao incêndio.

A rodovia permaneceu interditada no sentido Ponta Grossa (PR) desde o início do acidente, sendo liberada totalmente após mais de 24 horas, no domingo (3), por volta das 16 horas. No sentido Curitiba (PR) não houve interdição, mas foi realizado, em determinados momentos, o sistema pare-e-siga para poder escoar o volume de veículos presos por causa da interdição da via.

Agentes da PRF, Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, IML, DER e Guarda Municipal de Campo Largo participaram do atendimento, em escala de revezamento, por mais de 24 horas.

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O Corpo de Bombeiros atendeu 11 vítimas feridas em estados moderado e grave que foram encaminhadas aos hospitais Evangélico e do Trabalhador, em Curitiba, e Santa Casa de Palmeira. Cinco óbitos foram confirmados pelo IML de Curitiba, para onde os corpos foram encaminhados.