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O caminhoneiro que ficou sem freio e causou um acidente com outros três veículos, no fim da tarde deste sábado (21), disse que agiu rápido para que não causasse mortes. “Cara, meu Deus do céu, o que que eu faço? Eu não vou me matar, e nem quero matar ninguém”, disse Vagner André da Silva, 48 anos, em entrevista ao Portal Nosso Dia. Ele contou que tentou usar a área de escape à direita, mas que uma carreta o impediu. O acidente aconteceu no quilômetro 35 da BR-277, em Morretes, na pista sentido Litoral, por volta das 17h10. Tanto Vagner quanto o outro caminhoneiro receberam atendimento médico, mas estão bem.
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Vagner tinha saído do município de Cubatão, em São Paulo, na Região Metropolitana da Baixada Santista, para carregar em Paranaguá, na segunda-feira, dia 23. Segundo contou ao Portal Nosso Dia, o caminhoneiro notou que o freio não respondia ao comando dos pés e decidiu esperar para usar a área de escape.
“Senti que o pedal abaixou e o caminhão já não segurava mais nada. Mesmo com o freio motor, não segurava. E começou a descer, e o ar cheio, e eu pisando, até no final e nada. Pensei, vou jogar na área de escape. Quando eu fui entrar para a área de escape, veio uma carreta descendo”, descreveu.
Veio então, segundo Vagner, a opção de direcionar o caminhão para a mureta central, entre as duas pistas. “Aí eu joguei pra cá, pra mureta, e logo vi um carro ali em cima, na curva, um SUV. Cara, meu Deus do céu, o que que eu faço? Fui na traseira dele, porque não parava mais, não tinha mais jeito. Mas tinha um bitrem ultrapassando um tanque, eu tirei da traseira do bitrem e entrei no meio deles. Pensei: não vou me matar, e nem quero matar ninguém. Entrei no meio”, relembra em detalhes o caminhoneiro para o Portal Nosso Dia.
A partir desse momento, assim que houve a colisão, o fogo começou. “Aí eu só vi aquele fumação, aquela labareda alta. Notei que eu estava esprimido lá dentro porque a minha porta não abria, mas eu dei um coice forte e ela abriu do meu lado. Saí por baixo, me arrastando. A única coisa que salvei, ainda, foi o meu telefone”, comenta Vagner, que tem 30 anos de boleia e enfrentou o primeiro acidente de trânsito da vida.
O caminhoneiro foi ouvido por uma delegada da Polícia Civil, em um estabelecimento comercial, cerca de uma hora após o acidente, ali mesmo na rodovia, e liberado em seguida. Antes disso, Vagner precisou ser atendido por ambulâncias da EPR Litoral Pioneiro por ter tido queimaduras e machucados na mão direita.
O outro caminhoneiro também precisou de atendimento médico, mas sem gravidade. Os outros dois carros envolvidos no acidente não tiveram registro de feridos.
Um empresário de Curitiba, que retornava à capital, auxiliou o caminhoneiro e o levou até a Rodoviária de Curitiba para que ele seguisse para casa.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pista sentido Curitiba está totalmente liberada. Já a pista sentido Paranaguá há apenas uma faixa liberada para o fluxo. Nesse momento, há oito quilômetros de fila em ambos sentidos.