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Começou na manhã desta terça-feira (11), em Curitiba, o júri popular de Jorge Guaranho, ex-policial penal acusado de homicídio duplamente qualificado contra Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal. O crime aconteceu em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, em 9 de julho de 2022.
A ex-esposa de Arruda, Pamela Silva, afirmou ao Portal Nosso Dia, antes do inicio do julgamento, que as imagens do crime, que segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR) teve motivação política, não saem da cabeça.
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“Infelizmente, essas imagens não saem da minha cabeça. Nós estávamos comemorando o aniversário do Marcelo e quase no final da festa essa pessoa chegou, invadiu e começou a nos ofender, quando o Marcelo foi até ele e houve a discussão. De repente, ele sacou a arma e ali começaram as ameaças. Ele saiu e disse que ia voltar. Ele voltou e matou o Marcelo”, contou.
Pamela afirmou que Marcelo faz muita falta no dia a dia e que crime teve sim motivação político. “Ele foi para lá por questões políticas, por não concordar com um balão vermelho. Se achou no direito de fazer o que fez. O Marcelo faz falta todos os dias, me faz falta e para os quatro filhos”, disse.
A escolha da Justiça por Curitiba para o julgamento se deu por um pedido da defesa de Guaranho, que alegou que se o júri acontecesse em Foz do Iguaçu, local do assassinato, haveria risco de parcialidade pelos jurados. Atualmente, Guaranho cumpre prisão domiciliar desde setembro do ano passado.
A expectativa é de que júri dure pelo menos até quinta-feira (13). No dia do crime, Arruda comemorava 50 anos com uma festa temática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Guaranho invadiu a festa e disparou contra Arruda, que revidou, mas acabou morrendo.
O ex-policial penal foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas”. Em março do ano passado, Guaranho foi demitido pelo Ministério da Justiça após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).