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O Ministério Público do Paraná, por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (Subjur), realizou na manhã desta terça-feira (11) o cumprimento de 23 ordens de busca e apreensão na Assembleia Legislativa do Paraná e outros endereços, em Curitiba. O alvo é deputado estadual Samuel Dantas (SD).
A investigação da Subjur apura a supostos crimes de concussão e peculato, a prática da popular “rachadinha”, que consiste no repasse, por parte de assessores comissionados, de parte de sua remuneração a políticos . As ordens judiciais foram expedidas pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná, a pedido do MPPR, e cumpridas pelo Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Alep.
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Foram seis viaturas presentes durante a operação na Alep, que apreendeu computadores e documentos. A apuração segue sob sigilo absoluto. A casa de Samuel Dantas foi um dos locais alvos da ação. O parlamentar, ex-policial militar, esteve na sessão desta terça-feira na Casa de Leis, mas permaneceu pouco tempo em plenário e não falou com a imprensa. O espaço permanece aberto caso ele queira se manifestar.
Em novembro do ano passado, um ex-assessor do deputado estadual Samuel Dantas (Solidariedade) foi preso em flagrante por policiais civis em Curitiba. O acusado pediu R$ 250 mil ao deputado para que não prestasse depoimento contra ele ao Ministério Público (MPPR). O ex-assessor tem 31 anos, é natural de São Luís do Maranhão e permaneceu lotado no gabinete do deputado Samuel Dantas por um ano recebendo um salário de R$ 18 mil, de acordo com o Portal da Transparência da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep-PR).
De acordo com a polícia, o ex-assessor vinha exigindo dinheiro desde outubro, sob ameaça de prejudicar e divulgar informações que possuía sobre o parlamentar. Relembre clicando aqui.
Como o inquérito tramita em sigilo, o MPPR não informou se a operação tem relação com a prisão deste ex-assessor.