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Enfermeiros protestam contra liminar que suspende piso salarial e ameaçam parar

A categoria luta contra a liminar do STF que suspendeu a Lei 14.434/2022, que garante o Piso Nacional da Enfermagem.
A categoria luta contra a liminar do STF que suspendeu a Lei 14.434/2022, que garante o Piso Nacional da Enfermagem.

Geovane Barreiro

09/09/22
às
13:25

- Atualizado há 2 anos

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Os enfermeiros de todo o Estado do Paraná se reuniram para um grande protesto na manhã desta sexta-feira (9), em Curitiba. Eles escolheram o Hospital Evangélico Mackenzie para a concentração e o protesto reuniu centenas de pessoas, entre profissionais da saúde e apoiadores. A categoria luta contra a liminar do STF que suspendeu a Lei 14.434/2022, que garante o Piso Nacional da Enfermagem. Segundo o Sindesc (sindicato que representa a categoria), a não revogação dessa liminar pode iniciar uma greve nos hospitais.

Foto: Portal Nosso Dia

Para o Portal Nosso Dia, a presidente do Sindesc, sindicato que representa os trabalhadores em hospitais e clinicas, Isabel Cristina Gonçalves, afirma que lei precisa ser respeitada. “Nosso piso é lei e tem que ser cumprido. Os patrões, o setor privado que se virem para arrumar o dinheiro para bancar o nosso piso. Não queremos só palminhas, não. Queremos ser valorizados e com salário, com respeito, no ato e no dia a dia da nossa profissão”, disse ela.

Foto: Portal Nosso Dia

Segundo a presidente do Sindesc, caso não haja negociação para a derrubada da liminar, a categoria pode parar. “Queremos lutar e mostrar nossa força por meio desse protesto. Caso não haja acordo, podemos parar, sim”, disse ela ao Portal Nosso Dia.

Após a concentração, os profissionais saíram em caminhada por Curitiba, com a intenção de passar em frente a hospitais e receber apoio de mais pessoas da categoria.

Luta

A técnica de enfermagem Érica Quiarelo, 41 anos, que atua na profissão há 21 anos criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. “São 30 anos de luta e uma canetada do ministro Barroso suspendeu o nosso piso salarial que já estava sancionado pelo presidente da República. Um equívoco do STF, pois foi uma ação movida pelo patronal dos hospitais privados, uma ação inconstitucional. Eles mencionam a fonte de custeio, mas isso diz respeito aos parlamentares do Senado e da Câmara Federal”, disse a profissional da saúde ao Portal Nosso Dia, que hoje faz parte do Movimento Orgânico Nacional Gigantes da Enfermagem.

Ao todo, segundo o sindicato, mais de 30 mil profissionais entre enfermeiros e técnicos atuam em todo o Estado do Paraná.

Histórico

Segundo o movimento, a escolha pela concentração em frente ao Hospital Evangélico Mackenzie é, justamente, por uma luta histórica.

Em 1989, os enfermeiros conquistaram uma jornada de trabalho de 36 horas semanais. Uma grande breve que se iniciou no Evangélico e se disseminou para outros hospitais de Curitiba e região.

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