- Atualizado há 2 anos
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Em depoimento prestado na Delegacia de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (6), o motorista do Fusca Azul filmado na contramão da BR-277, momentos após o primeiro engavetamento na rodovia, na tarde do último sábado (2), negou ter trafegado no sentido errado e afirmou que tinha rodado o veículo. Logo em seguida, o condutor disse que retornou ao sentido correto, mas acabou atingido e se envolvendo no acidente.
O Fusca foi filmado na contramão por uma câmera acoplada na cabine de um caminhão. Cinco pessoas morreram na tragédia e, para o delegado Ademair Braga, de Campo Largo, a versão do motorista do Fusca bate com os fatos e ele, pelo o que foi apurado, não teve responsabilidade no acidente.
“Ouvimos ele e o motorista alega que viu o acidente e acabou rodando e que foi para aquele lado da via e depois regressou. Ele nega que tenha trafegado na contramão e a versão dele é bem factível. Não acreditamos em responsabilidade dele para o acidente. As imagens não mostram o carro na contramão”, afirmou o delegado, em entrevista ao Portal Nosso Dia na tarde desta quarta-feira.
Inicialmente, o delegado acreditava que o carro estava trafegando na contramão, porém uma análise da Polícia Rodoviária Federal (PRF) descartou esta hipótese. Segundo a PRF, o Fusca, filmado pela cabine de um caminhão, estava parado na rodovia, e não trafegando como investiga a Polícia Civil. Por esse motivo, o motorista acabou liberado no dia do acidente. O Portal Nosso Dia confirmou a informação com o superintendente da PRF no Paraná, Fernando Oliveira, que afirmou que o vídeo engana e, de fato, as imagens não mostram o carro na contramão.
Para a PRF, analisando frame a frame, as imagens indicam que o Fusca naquele momento estava parado na rodovia, possivelmente por ter rodado um pouco antes do acidente. O Fusca no mesmo local que uma placa nas imagens deixam isso mais claro. “As imagens não indicam o carro trafegando na contramão. Essa foi a análise dos policiais pela experiência que eles têm”, disse Fernando à RPC TV.
No sábado (2), por volta das 14h30, na BR-277, na altura do km 136, em Balsa Nova (PR), a PRF registrou um engavetamento envolvendo múltiplos veículos. A extensão do acidente se deu por cerca de 600 metros. Chovia no momento do acidente e havia a formação de neblina e o congestionamento, em seu pico, chegou a cerca de 15 quilômetros.
Segundo informações preliminares, inicialmente, houve uma colisão traseira entre um automóvel e um caminhão, dando sequência a várias outras colisões, devido a falta de visibilidade provocada pelas condições climáticas no momento do acidente. Dois caminhões se incendiaram com as colisões. Não houve vítimas relacionadas ao incêndio.
A rodovia permaneceu interditada no sentido Ponta Grossa (PR) desde o início do acidente, sendo liberada totalmente após mais de 24 horas, no domingo (3), por volta das 16 horas. No sentido Curitiba (PR) não houve interdição, mas foi realizado, em determinados momentos, o sistema pare-e-siga para poder escoar o volume de veículos presos por causa da interdição da via.
Agentes da PRF, Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica, IML, DER e Guarda Municipal de Campo Largo participaram do atendimento, em escala de revezamento, por mais de 24 horas.
O Corpo de Bombeiros atendeu 11 vítimas feridas em estados moderado e grave que foram encaminhadas aos hospitais Evangélico e do Trabalhador, em Curitiba, e Santa Casa de Palmeira. Cinco óbitos foram confirmados pelo IML de Curitiba, para onde os corpos foram encaminhados.