- Atualizado há 10 horas
O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, anunciou, pelas redes sociais, nesta terça-feira (14), a determinação ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) para a realização de estudos visando ajustes no trecho da obra do Inter 2 na Avenida Arthur Bernardes.
“Nosso compromisso é avançar com responsabilidade, promovendo um diálogo aberto e preservando ao máximo o meio ambiente. Estamos transformando uma obra em Curitiba que vai marcar a história da cidade e impactar positivamente a vida de 580 mil pessoas, conectando 28 bairros de forma ágil, sustentável e eficiente,” destacou o prefeito.
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O projeto do Novo Inter 2 prevê intervenções em 28 bairros, com mais de 40 quilômetros de novo pavimento e faixas exclusivas ou preferenciais para o transporte coletivo. A expectativa é beneficiar mais de 160 mil passageiros por dia, promovendo melhorias significativas na mobilidade urbana.
A obra enfrentou questionamentos do Ministério Público, que obteve uma liminar sobre os processos de licenciamento ambiental para a execução de um trecho do projeto. No entanto, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu pela manutenção das obras, entendendo que o Relatório Ambiental Prévio (RAP) é um documento adequado para a execução da obra. O RAP, elaborado em 2021, avalia os impactos ambientais e socioeconômicos do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, incluindo medidas compensatórias e projetos para a manutenção da vegetação existente.
Entre as medidas compensatórias previstas está o plantio de mais de 5 mil árvores no local e em seus entornos. O projeto também contempla a descarbonização do transporte coletivo por meio da renovação da frota com veículos elétricos, proporcionando maior conforto térmico e menor poluição ambiental. Além disso, será fortalecida a mobilidade ativa, com melhorias nas infraestruturas cicloviárias e para pedestres, incluindo a requalificação das calçadas.
Pimentel ressaltou que o corredor verde da Arthur Bernardes não será extinto, mas revitalizado e remodelado. “Esse é o marco desse momento urbano que vai beneficiar vidas e famílias a preparar a cidade para o futuro,” reforçou.
O TJ-PR também reconheceu os esforços da Prefeitura para promover a transparência do projeto, incluindo a realização de reuniões públicas em diversos pontos da cidade desde 2019, consultas online em 2022, e encontros de esclarecimento à comunidade afetada. Além disso, foram respondidos vários protocolos de informação solicitados por cidadãos e vereadores.
Na decisão judicial, o magistrado destacou que a paralisação das obras poderia causar impactos sociais e econômicos significativos, como a desmobilização de trabalhadores e a interrupção de um projeto que trará inúmeras melhorias à população. A suspensão poderia também comprometer prazos e gerar custos adicionais, causando prejuízos ao erário e à coletividade.