- Atualizado há 1 semana
A eleição da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para o próximo biênio (2025/26) pega fogo nos bastidores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Nos corredores, a informação é que a disputa ficará entre dois nomes forte do Partido Social Democrático (PSD), o atual presidente da Casa, Ademar Traiano, e o experiente deputado Luiz Cláudio Romanelli. Nesta terça-feira (26), em um discurso forte, o deputado Fabio Oliveira (Podemos) usou a tribuna para afirmar que uma possível eleição de Traiano ‘arruinaria a o prestígio da Alep’.
No discurso, Fabio Oliveira relembrou o histórico do atual presidente do Poder Legislativo e o acordo firmado junto ao Ministério Público de não persecução penal e cível, evitando um processo formal, admitindo a prática de ato de corrupção.
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“Corre pelos corredores informações de que o atual presidente da Casa, o deputado Ademar Traiano, está articulando para ser o presidente da principal comissão desta Casa de Leis. Foi noticiado largamente que o atual presidente assinou acordo com o Ministério Público do Paraná, onde confessa o ato de corrupção ao receber propina. Se for eleito, nós arruinamos o pouco prestigio que esta Casa tem perante o povo paranaense”, disse o deputado.
Conforme Oliveira, cada deputado deve votar de forma consciente para que seja feita a melhor escolha para a CCJ, que na opinião dele não seria Traiano. “Subi aqui na Tribuna para que ele renunciasse a presidência e agora, aquele que confessou pratica de corrupção, quer ser presidente da CCJ. Não posso concordar com isso, que só vai acontecer se os deputados da comissão o elegerem”, destacou.
A CCJ é onde todo os Projetos de Lei passam, obrigatoriamente, pela avaliação constitucional e é a única comissão que tem o poder deliberativo, ou seja, de barrar as propostas apresentadas. A eleição da Comissão de CCJ será realizada em fevereiro de 2025, com a participação de seus 13 membros, para a escolha do presidente e do vice-presidente que atuarão durante o próximo biênio.
A disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) movimenta os bastidores da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) A disputa entre os Romanelli e Traiano é velada, já que ambos não se citam como possíveis opositores.
Traiano, ao ser questionado na sessão no último dia 12 pelo Portal Nosso Dia, não confirmou que tem interesse na CCJ, preferiu desconversar.
“Esse é um tema a ser discutido. Não antecipo nada. É uma decisão de colegiado. São treze membros e sofrerá alterações, porque temos deputados que se tornaram prefeitos. Todo esse processo terá que ser alterado e isso será feito. Eu aguardo e tomarei alguma medida se houver alinhamento e entendimento. Não sou candidato de mim mesmo. Sempre fui presidente da Casa no entendimento”, afirmou.
Já Romanelli fez questão de destacar que houve um acordo na última eleição da CCJ, em que ele abriu mão para que Tiago Amaral assumisse o posto e ficasse em evidência para ser prefeito de Londrina, o que aconteceu. Agora, o parlamentar disse ter certeza que o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, que é presidente estadual do PSD, cumprirá a palavra.
“Na última composição tinha uma disputa entre minha candidatura e a do Amaral. Na época o governador Ratinho fez um apelo para que no primeiro biênio ficasse o Amaral, pela evidência à Prefeitura de Londrina. Agora, é natural a minha candidatura à presidência da CCJ. Estou conversando com todas as bancadas para reafirmar esse apoio e espero que tenha para o processo efetivo das eleições. O governador Ratinho Junior não é um homem de duas palavras”, concluiu.