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Creche clandestina em que bebê morreu funcionava há dez anos; proprietário fala em sobrecarga de crianças

Um dos proprietários, preso em flagrante ao lado de uma mulher, confirmou que no dia havia uma sobrecarga de criança, com 20 pequenos para apenas ele e a companheira cuidarem
(Foto: Reprodução)
Um dos proprietários, preso em flagrante ao lado de uma mulher, confirmou que no dia havia uma sobrecarga de criança, com 20 pequenos para apenas ele e a companheira cuidarem

Luiz Henrique de Oliveira

20/05/25
às
11:37

- Atualizado há 8 segundos

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A creche clandestina em que um bebê de quatro meses morreu após se engasgar na manhã desta segunda-feira (19), no bairro Tatuquara, em Curitiba, funcionava há dez anos sem os documentos necessários. Um dos proprietários, preso em flagrante ao lado de uma mulher, confirmou que no dia havia uma sobrecarga de criança, com 20 pequenos para apenas ele e a companheira cuidarem.

O delegado  Fabiano Oliveira, da Polícia Civil, confirmou que o casal foi autuado por homicídio culposo, justamente por, além de serem uma creche clandestina, terem recebido mais crianças do que a demanda normal. 

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“Ele nos disse que recebe normalmente seis crianças e ontem, pelo fechamento de algumas creches municipais, houve uma sobrecarga na demanda, e eram 20 para dois adultos. Afirmou que em 10 anos nunca houve nenhum problema e que foram visitados pelo Conselho Tutelar e Vigilância Sanitária, o que vamos verificar”, descreveu o delegado.

Segundo o policial, o homem, de 37 anos, permanece preso e aguarda audiência de custódia, enquanto a mulher, de 43, pagou fiança e foi solta. Emboram em depoimento tenham afirmado que cuidavam das crianças, o serviço ofertado era de uma creche. 

“Todo prestador de serviços precisa estar regularizado. Deveria ter licença para obter o funcionamento e isso não existe, confirmado pelos próprios proprietários, o que a torna uma creche clandestina. Eles dizem que apenas cuidavam, mas o serviço era de uma creche”, destacou.

Ainda conforme o delegado, a criança que morreu estava há uma semana no local e nunca houve nenhuma reclamação sobre a creche por parte de outros pais.  “Nunca houve qualquer denúncia. Se houvesse, a situação seria evitada. A gente entende que há uma falta de vagas, entende a angústia de recorrer a esse serviço, mas é preciso ser um lugar preparado”, explicou.

Os pais da criança que morreu ainda não foram ouvidos, bem com outros pais que deixavam os pequenos no local. O caso será apurado em inquérito em andamento pela PCPR.

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