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“Condutas inadmissíveis”, diz subcorregedor da PM sobre militares envolvidos em tortura no Paraná

Na entrevista, o subcorregedor confirmou que há dois vídeos diferentes e que um só veio à tona agora
Tenenente-coronel Cunha, subcorregedor da PM (Foto: Divulgação)
Na entrevista, o subcorregedor confirmou que há dois vídeos diferentes e que um só veio à tona agora

Luiz Henrique de Oliveira

22/01/24
às
14:36

- Atualizado há 1 ano

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O subcorregedor da Polícia Militar do Paraná (PM), tenente-coronel Cunha, afirmou em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (22), que a corporação repudia totalmente os vídeos que mostram torturas em um Batalhão da PM em Matelândia, no Oeste do Paraná. Segundo o oficial, as condutas são inadmissíveis e parte delas já foram punidas.

Na entrevista, o subcorregedor confirmou que há dois vídeos diferentes e que um só veio à tona agora. O primeiro, em que os policiais colocam uma espécie de saco no rosto de um rapaz, envolve detidos por porte de drogas. “Nesta situação, os dois policiais militares foram identificados e punidos. Não são mais policiais inclusive. Repudiamos totalmente estes atos”, afirmou.

Relembre o vídeo:

Conforme o subcorregedor, no segundo vídeo, que mostra um detido apanhando na sola do pé com uma espécie de pedaço de madeira, há três policiais envolvidos e um deles está na ativa. “Ali são três policiais. Dois foram os mesmos do vídeo anterior e um terceiro identificado como sendo da ativa. Imediatamente, ele foi afastado das funções operacionais. Este vídeo ainda não tínhamos recebido e parecer ser da mesma época que o anterior”, destacou.

Ainda na coletiva, o tenente-coronel fez questão de salientar que esse tipo de prática é repudiado veemente pela corporação. “Levanta preocupação e são condutas inadmissíveis. A PM está sempre pronta para receber denúncias e ser rigorosa em apurar. São atos inadmissíveis e não aceitamos essa violência”, concluiu.

MPPR vai apurar

O Ministério Público do Paraná (MPPR) confirmou, em nota à imprensa, que vai adotar medidas para apurar o envolvimento de um terceiro policial no vídeo de tortura a jovens dentro do Batalhão da Polícia Militar em Matelândia, no Oeste do Paraná. Outros dos militares envolvidos no caso já foram condenados pela Justiça e não fazem mais parte da corporação.

Conforme o MPPR, sobre o primeiro vídeo o caso foi apurado e resultou na condenação dos envolvidos. Além disso, um dos policiais pediu exoneração e o outro foi expulso da corporação.

“Quanto ao primeiro deles, em que um dos detidos está algemado e com uma luva de látex cobrindo a cabeça, já houve apuração e responsabilização criminal dos agentes envolvidos. Os policiais foram condenados, definitivamente, pelo crime de tortura, e foram também condenados à perda do cargo público”, informou o MPPR.

Ainda segundo a corporação, quanto ao segundo fato, em que há um terceiro envolvido, o MPPR afirmou que adotará medidas sobre o caso. Cabe ressaltar que este militar ainda está na ativa, mas foi, neste domingo (21), afastado das funções pela Polícia Militar (PM).

“Quanto ao segundo fato reportado, em que há, aparentemente, o concurso de três policiais militares – dois deles também envolvidos na situação já apurada e que já foram expulsos – informa-se que os fatos não haviam chegado ao conhecimento do Ministério Público e que serão adotadas medidas apuratórias para esclarecimento e eventual responsabilização dos envolvidos”, conclui a nota.

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