- Atualizado há 2 anos
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O advogado que representa a família de Mauri José Glus, de 49 anos, cliente que morreu no ataque dentro do bar Distrito 1340, no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba, no último sábado (22), afirmou que o ataque foi premeditado e que o estabelecimento precisa ser responsabilizado, porque deveria dar segurança aos frequentadores. A declaração de Igor Ogar foi dada na manhã desta terça-feira (25), durante coletiva de imprensa da Polícia Civil do Paraná sobre o caso.
Para o advogado, ninguém vai até um bar cheio de facas e distribui livros sobre crimes sem que tenha premeditado isso. “O Mauri era o caçula da família, com uma mãe idosa que está sofrendo. Acreditamos que há indícios para uma premeditação, porque o rapaz saiu de casa com arma branca, para fazer o ato, que se consumiu. Há ainda os livros, relacionados à violência e morte, e nós acreditamos sim em uma premeditação”, afirmou advogado.
Sobre essa premeditação, o delegado José Vitor Pinhão, que investiga o caso, não descartou, mas afirmou que ainda não tem fatos concretos sobre isso. “Ele distribuiu esses livros sobre crimes, mas ainda é prematuro dizer se houve uma premeditação. Pelas imagens, é possível notar o grau de agressividade do suspeito. Ele nos passou que passava por tratamento psiquiátrico e não tinha tomado o remédio no dia”, disse o delegado.
Ainda na entrevista, o advogado falou que a família de Mauri vê responsabilidade do bar no caso. “Outro ponto é dizer que a casa noturna é responsável sim por quem está consumindo ali. Não há critérios como vistoria, revista pessoal e se permite a entrada com arma branca e até outras substâncias. É um bar que não se preocupava com os usuários do local. Do ponto de vista da família, existe sim uma omissão do estabelecimento”, pontuou.
Por sua vez, o delegado pontuou que não há nenhuma legislação que obrigue a revista de bolsas pelos estabelicimentos. “Não existe uma lei que obrigue os estabelecimentos a submeterem revista de bolsa. Cabe a cada estabelecimento realizar isso. É complicado, porque não é o único que não faz. Não é omissão, porque são espaços multiusos, não apenas o bar. Isso é uma questão para as associações de bares se reunirem e encontrarem um meio termo que garanta segurança”, explicou.
Sobre o que disse o advogado, o Portal Nosso Dia entrou em contato com os advogados do Distrito 1340 e aguarda um retorno.