- Atualizado há 2 anos
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Uma das linhas de investigação da motivação para o homem, de 27 anos, ter atacado clientes do bar Distrito 1340, no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba, é a intenção dele em chamar a atenção da família. A informação foi confirmada nesta terça-feira (25) pelo delegado José Vitor Pinhão, que investiga o caso, destacando que o suspeito tinha sido expulso de casa dias antes do atentado, que aconteceu na madrugada de sábado (22).
O delegado confirmou que, como não há uma motivação clara para o crime, o fato dele querer impressionar a família será investigado. “Alguns crimes na história acontecem, por exemplo, para impressionar a mãe. Agora vamos ver a questão da família, trabalho e tudo mais. Foi expulso de casa e estava há um dia em um flat. Foi muito recente e agora vamos buscar definir a personalidade que ele tem. Ele alega apenas que teve um surto”, disse o delegado.
O atentando deixou Mauri José Glus, de 49 anos, morto e outras três pessoas feridas. Todas já tiveram alta e estão em casa. Conforme o delegado, o suspeito estava perto delas antes do atentando há algum tempo. “Ele entrou às 21h e por lá permaneceu, sem estar alterado e consumir excessivamente bebida. Não houve revista, porque é comum entrar com mochila. Ele era chef de cozinha e tinha as facas, quando em determinado momento as retirou e um garçom percebeu, mas daí aconteceu o ataque”, destacou.
Conforme o delegado, antes de cometer o atentado, o suspeito entregou livros relacionados a crimes para clientes do estabelecimento. “Ele distribuiu esses livros. Ainda é prematuro dizer se houve uma premeditação. Pelas imagens é possível notar o grau de agressividade do suspeito. Ele nos passou que passava por tratamento psiquiátrico e não tinha tomado o remédio”, explicou.
Sobre a responsabilidade da casa noturna no caso, Pinhão afirmou que não há como afirmar uma omissão por parte do estabelecimento. “Não existe uma lei que obrigue os estabelecimentos a submeterem revista de bolsa. Cabe a cada estabelecimento realizar isso. É complicado, porque não é o único que não faz. Não é omissão, porque são espaços multiusos, não apenas o bar. Isso é uma questão para as associações de bares se reunirem e encontrarem um meio termo que garanta segurança”, concluiu.