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Os alunos acusados de ofensas racistas a um estudante de 17 anos do Colégio Positivo, no bairro Boa Vista, em Curitiba, retornaram às aulas. Para a família da vítima, a decisão da instituição é lamentável e faz com que quem foi ofendido acabe tendo que deixar de frequentar as atividades.

Além do racismo, os estudantes são acusados de desenhar uma suástica (símbolo nazista) no caderno da vítima. O advogado que representa a família do garoto ofendido, Igor José Ogar, criticou a decisão da escola.

"Recebe com preocupação a manifestação da instituição de ensino. Ao que tudo indica, não havia previsão no regimento interno de punição imediata para atos infracionais analagos a crimes, o que deve ser questionado e também apurado, afim de que a vítima não seja novamente vítima. Isso é muito preocupante, pois parece que quem tem que se ausentar de ir as aulas é a vítima, o que nos deixa bastante preocupado", disse ao Portal Nosso Dia.

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Em nota encaminhada à imprensa, o Colégio Positivo disse que tomou medidas caíveis dentro dos 'limites do regimento interno e aqueles definidos pelos artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente'. Confira a nota na íntegra:

A escola adotou as medidas cabíveis dentro de sua esfera de competência, incluindo o afastamento dos alunos envolvidos desde o dia 29 de abril de 2024. Foram respeitados os limites do regimento interno e aqueles definidos pelos artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que garantem a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral dos menores. Os fatos passíveis de enquadramento como atos infracionais estão sendo apurados pelas autoridades policiais, responsáveis pela investigação e aplicação das penas eventualmente cabíveis. Reforçamos que ações contra bullying e racismo seguem sendo prioridades em nossa instituição.”

O caso

 Em entrevista ao g1PR, a mãe do aluno contou que o caso chegou ao conhecimento dela após uma briga entre o filho e os outros estudantes no corredor da escola.

"Teve uma agressão na escola, um soco no peito, e na hora ele revidou, com um empurrão. Eles foram conversar com a coordenação e foram cada um para um canto, mas à tarde, quando ele voltou fazer uma prova, foi ameaçado de que iria apanhar na saída", descreveu a mãe.

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Após isso, o adolescente relatou aos pais que o grupo de estudantes costuma fazer com frequência as ofensas racistas e que, um deles, ainda desenhou uma suástica (símbolo nazista) em um caderno. À polícia, seis adolescentes foram apontados como autores das ofensas racistas. Confira um print de uma conversa em que o adolescente é alvo de racismo:

(Foto: Divulgação)

O caso está sob sigilo pela Polícia Civil, por se tratar de adolescentes.