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SEGURANÇA

Vídeo mostra consultora com universitários suspeitos de estupro em estacionamento no Batel

Pelas imagens, é possível ver o momento em que o menor de idade passa a mão nas partes íntimas da vítima e também quando um dos rapazes pega o cartão de crédito de Susana, após ela ter derrubado
(Foto: Reprodução de vídeo)
Pelas imagens, é possível ver o momento em que o menor de idade passa a mão nas partes íntimas da vítima e também quando um dos rapazes pega o cartão de crédito de Susana, após ela ter derrubado

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

09/09/25
às
8:20

- Atualizado há 6 segundos

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Vídeo de câmeras de segurança mostram a consultora Susana Aretz, de 31 anos, com os dois jovens universitários e um adolescente suspeitos de estupro após uma festa no bairro Batel, em Curitiba. Eles estão em um estacionamento de uma lanchonete no mesmo bairro. Pelas imagens, é possível ver o momento em que o menor de idade passa a mão nas partes íntimas da vítima e também quando um dos rapazes pega o cartão de crédito de Susana, após ela ter derrubado. (Assista aos vídeos mais abaixo)

Susana afirma que não se lembra do que aconteceu no estacionamento e no caminho da festa até a lanchonete. Após um tempo com os rapazes na lanchonete, ela foi abandonada no local e levada a uma unidade de saúde, onde precisou ser amarrada para ser medicada. Em entrevista, a consultora revelou que não bebeu muito, o que não descarta a hipótese de que ela tenha sido dopada.

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Nas imagens, Susana aparece a todo momento cambaleando no estacionamento. Os jovens parecem comemorar alguma coisa e, com 45 segundos, ela deixa cair o cartão, momento que um dos suspeitos, estudante de Medicina, pega e não devolve para a vítima.

Ainda, com cerca de 1 minuto, o outro maior de idade, universitário de Arquitetura, abraça Susana e pede para o amigo tirar uma fotografia. Em seguida, com 1 minuto e 20 segundos, o adolescente passa a mão nas partes íntimas da consultora, enquanto ela se agacha para pegar algo no carro.

Assista ao vídeo:

No segundo vídeo, os rapazes entram no carro e deixam Susana que, desnorteada, é em seguida atendida por uma ambulância e encaminhada a uma unidade hospitalar. Com o cartão da vítima, os três suspeitos fazem várias compras em um estabelecimento comercial da região.

Assista ao vídeo:

Advogado diz que suspeitos são de famílias influentes

A defesa de Susana Aretz, consultora que afirma ter sido vítima de abuso sexual após uma festa em Curitiba, reforça que a mulher de 31 anos foi colocada em situação de vulnerabilidade e que os acusados não podem ser protegidos por sua condição social, já que são de classe média alta. O caso, que ocorreu no dia 9 de agosto, está sob investigação da Polícia Civil e envolve estudantes universitários de Medicina e Arquitetura e um adolescente.

Segundo o advogado Igor Ogar, que representa Susana, o episódio ultrapassa a esfera de uma simples denúncia, pois há indícios claros de violência sexual e de outros crimes, como furto e abandono de incapaz.

“Ela foi até essa festa, mas os atos criminosos acontecem depois. Ela tem algumas lembranças, estava sob efeito de substâncias que a tornaram vulnerável. Fomos a estabelecimentos para reconstruir o que aconteceu e conseguimos imagens importantes”, afirmou o advogado.

Ogar ressaltou que a tipificação de estupro não exige a conjunção carnal. “O estupro não depende da conjunção carnal. O fato de a vítima estar sob efeito de substâncias já caracteriza vulnerabilidade. Há registros em vídeo (em uma lanchonete próxima a festa, que aconteceu no bairro Batel) mostrando eles mexendo nos seios dela e outros atos de cunho sexual”, explicou.

Para o advogado, as imagens ainda evidenciam a frieza dos suspeitos, que levaram o cartão de crédito da vítima e fizeram compras com ele. “Eles comemoram se cumprimentando. Temos repúdio a essa cena. Desta vez, o escudo que serviu para amparar criminosos, que é a classe social, não será suficiente para proteger essas pessoas.”

Ele destacou ainda a influência das famílias dos investigados, mas reforçou que isso não deve ser impeditivo para a responsabilização. “São famílias influentes, grandes médicos, escritório de arquitetura. Lamento que a família desses jovens estejam passando por isso, mas não podemos ignorar a gravidade do que aconteceu com Susana”, concluiu.

Enquanto o Ministério Público já pediu a prisão temporária de um dos investigados e o encaminhamento de ato infracional contra o adolescente, a defesa da vítima insiste que o caso seja tratado com rigor. Familiares e amigos de Susana também exigem justiça e dizem que não aceitam que mais um episódio de violência contra mulheres termine em impunidade.

Consultora que acusa universitários de estupro em Curitiba diz que denunciou por ela e outras mulheres

A consultora Susana Aretz, de 31 anos, que afirma ter sido vítima de abuso sexual após uma festa em Curitiba, decidiu falar publicamente sobre o episódio que hoje é investigado pela Polícia Civil. A denúncia envolve estudantes universitários de Medicina e Arquitetura e um adolescente, apontados como suspeitos de violentá-la, furtar seus pertences e abandoná-la em situação de vulnerabilidade em uma lanchonete no dia 9 de agosto, no bairro Batel.

Em seu depoimento à imprensa, Susana contou que não conhecia os rapazes e reforçou que não havia ingerido grande quantidade de bebida alcoólica. “Não lembro como eu saí e não conhecia estes rapazes. Bebi, mas não bebi tanto”, disse, o que faz a defesa dela não descartar que Susana tenha sido drogada.

Apesar do trauma, ela afirmou que encontrou forças para registrar a ocorrência pensando em outras mulheres que passam por situações semelhantes. “As mulheres se calam por vergonha, têm vergonha de correr atrás. Eu mesma levei dois dias. É por mim e por outras mulheres”, afirmou a mulher, mãe de uma menina de 12 anos. “Estou privando ela de redes sociais para não saber nada do caso”, concluiu.

Outro lado

A defesa dos suspeitos, em nota à imprensa, afirma que o depoimento de Susana não corresponde a verdade dos fatos e que não tiveram acesso ao inquérito.

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