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Vereadores aprovam Cidadania Honorária de Curitiba para Delegado Francischini; houve protesto

Deputados ligados à esquerda questionaram principalmente a partição dele quando Secretário de Segurança Pública durante manifestação de servidores públicos em 29 de abril de 2015
Homenagem ao delegado da Polícia Federal Fernando Francischini foi aprovada em 1º turno. (Foto: Arquivo/CMC)
Deputados ligados à esquerda questionaram principalmente a partição dele quando Secretário de Segurança Pública durante manifestação de servidores públicos em 29 de abril de 2015

Redação com CMC

21/11/23
às
7:49

- Atualizado há 1 ano

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Nesta segunda-feira (20), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou a Cidadania Honorária da capital ao delegado da Polícia Federal Fernando Francischini. Nascido em Londrina, no Norte do Paraná, em 1970, o homenageado mora em Curitiba desde os 8 anos de idade. Ele foi deputado federal, deputado estadual e é marido da ex-vereadora Flávia Francischini (União), eleita para a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep). Houve protesto de deputados ligados à esquerda, que questionaram principalmente a partição dele quando Secretário de Segurança Pública durante manifestação de servidores públicos em 29 de abril de 2015.

Proposta pelo vereador Rodrigo Reis (União), a Cidadania Honorária é a maior honraria que a Câmara concede a pessoas nascidas fora de Curitiba, O autor destacou a trajetória de Francischini nas polícias Militar e Federal, sua passagem pela Interpol e a atuação no Congresso, por dois mandatos, “lutando diretamente contra a corrupção em Brasília”.

“Em 2018, foi eleito o deputado estadual mais votado da história do Paraná, com quase meio milhão de votos”, pontuou Reis. “Francischini foi o primeiro deputado censurado e perseguido por ter opinião firme, mesmo utilizando a imunidade parlamentar para fazer denúncias”, acrescentou. Com 18 votos “sim”, 2 “não” e 3 abstenções, a iniciativa retorna à ordem do dia, na sessão desta terça-feira (21), para a confirmação pelo plenário.

A vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) votou contra a cidadania e citou os motivos. “Ele fez uma live para espalhar notícias falsas sobre as urnas, [alegando] que estavam fraudadas, e que, aparentemente, [elas] não aceitavam votos para o até então presidente Jair Bolsonaro. Essas informações já foram negadas, foram desmentidas”, citou. A vereadora também questionou a atuação do homenageado, enquanto secretário estadual de Segurança Pública, durante manifestação de servidores públicos em 29 de abril de 2015. “Mais de 200 servidores, professores e manifestantes, ficaram feridos devido à ação policial”, declarou.

Vereadores frisam atuação de Francischini como secretário municipal

Noemia Rocha (MDB) lembrou que Fernando Francischini foi secretário municipal Antidrogas “com políticas públicas relevantes, com estratégias importantes […] um defensor da recuperação da dependência química”. “Foi policial militar. Serviu comigo na corporação, depois foi para a Polícia Federal”, comentou a Sargento Tânia Guerreiro (União), que também trabalhou com o homenageado na Interpol.

Líder do governo na Câmara, Tico Kuzma (PSD) destacou que Flávia Francischini, hoje deputada estadual, foi a primeira-secretária da Câmara Municipal no biênio 2020-2021, quando ele presidia a Casa. Como secretário municipal, pontuou, Francischini implementou programas em Curitiba como o Bola Cheia, com atividades para as crianças no contraturno das aulas.

“Viva a família Francischini”, saudou Oscalino do Povo (PP). Nori Seto (PP) destacou a trajetória do homenageado na segurança pública e na política. “Ele merece muito este título”, afirmou Zezinho Sabará (União). “Acredito que o delegado Francischini tem atribuições para receber esta honraria. Ele se destacou muito na área do serviço de segurança pública, foi secretário do Município também”, comentou Serginho do Posto (União).

João da 5 Irmãos (União) recordou que Fernando Francischini foi o deputado estadual mais votado da história do Paraná, em 2018. “Ter perdido o mandato de deputado estadual foi algo surreal. Ele foi eleito por vontade popular e perdeu seu mandato”, disse Mauro Bobato (Pode). “Este voto também é uma homenagem à Flávia, que foi uma excelente vereadora desta Casa”, elogiou Alexandre Leprevost (Solidariedade).

Rodrigo Reis rebateu as críticas. O vereador argumentou que a reação dos policiais militares “não foi uma ordem do secretário”. Em relação à cassação de seu mandato, o autor disse que ele “foi penalizado de forma bruta, violenta, contra a liberdade de expressão no nosso Brasil”. “Um dos motivos que me fez fazer este projeto para homenagear o delegado Francischini foi, sim, aquele momento que cassaram o mandato dele por causa de um vídeo de 1 minuto, faltando 15 minutos para acabar a eleição”, acrescentou.

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