- Atualizado há 2 anos
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Em uma declaração no Instagram, nesta terça-feira (20), a vereadora de Curitiba Maria Leticia (PV) detalhou os ataques pessoais e misóginos que vem sofrendo nas redes sociais, que a rotularam injustamente, segundo ela, como “uma velha bêbada, safada e tatuada”. A vereadora expressou sua tristeza ao ver sua vida de dedicação, especialmente como médica, ser desconsiderada depois que foi detida em novembro de 2023 quando se envolveu em um acidente de trânsito.
“Isso é o que recebo diariamente nas minhas redes sociais. É muito difícil que esse momento de fragilidade abra margem ainda maior para a misoginia e o etarismo. O processo está correndo na Comissão de Ética da Câmara e na Justiça. Mesmo antes disso tudo começar, fui julgada e condenada. É muito triste saber que depois de tudo que fiz na minha carreira, na minha vida, toda a minha dedicação às pessoas, desde que me formei médica. Uma vida de dedicação tenha sido resumida a uma velha bêbada, safada e tatuada”, desabafou a parlamentar pelo Instagram.
O vídeo mostra um compilado de mensagens recebidas no perfil da vereadora, como ´véia bêbada” , “véia coroca” e “política não é lugar de mulher”. A parlamentar é ré na Justiça por embriaguez ao volante e desacato. O caso também segue no Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba.
Relembre o caso
Em novembro de 2023, a vereadora Maria Leticia (PV), de Curitiba, foi presa em flagrante na noite de sábado (25) por suspeita de embriaguez ao volante, segundo a Polícia Civil (PC-PR). O caso foi registrado na Alameda Augusto Stellfeld, Centro da capital.
O caso aconteceu por volta das 20h da noite de sábado, e foi atendido pela Polícia Militar (PM-PR). Na manhã deste domingo (26), a vereadora permanecia detida na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), na capital paranaense. Na ocasião, a assessoria de comunicação do mandato afirmou, em nota, que Maria Leticia “foi vítima de acidente de carro em Curitiba após passar mal”. Em depoimento à polícia, Maria Letícia alegou que houve excesso na abordagem policial.
Além disso, em um vídeo publicado nas redes sociais, a vereadora afirmou ter uma doença chamada neuromielite óptica e fazer tratamento com uso de remédios que podem ter fortes efeitos colaterais.