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O plenário da Câmara Municipal de Curitiba presenciou uma situação inusitada nesta semana: o vereador Eder Borges (PP) decidiu votar contra a própria emenda depois de saber que a bancada do PT era favorável ao texto.
A proposta alterava o intervalo mínimo para que um servidor pudesse firmar um novo contrato via Processo Seletivo Simplificado (PSS), modalidade temporária e sem as garantias do regime estatutário. O projeto original da prefeitura reduzia o atual prazo de 24 meses para apenas 40 dias. A emenda de Borges buscava ampliar esse intervalo para 7 meses, sob o argumento de preservar o caráter excepcional da contratação temporária. Em sua justificativa escrita, o vereador afirmou que a mudança para 40 dias “pode fragilizar o caráter excepcional da contratação temporária, aproximando-a de vínculos de natureza permanente”.
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No entanto, durante a votação, o posicionamento mudou completamente. Ao perceber que sua proposta havia recebido elogios da vereadora Camila Gonda (PSB) e que também contava com apoio da bancada do PT, Borges declarou em plenário:
“Essa emenda trata-se de alteração do interstício de nova contratação de 40 dias para sete meses. Foi uma emenda apresentada visando maior segurança jurídica. E essa emenda hoje foi elogiada pela vereadora Camila, parece que tem o apoio da bancada do PT, o que me faz perceber que se trata de um equívoco essa emenda, e eu vou encaminhar voto contrário à minha própria emenda”, disse o vereador.
A emenda acabou rejeitada. O episódio repercutiu entre os vereadores e nas redes sociais, tanto pela justificativa incomum quanto pelo contraste entre a argumentação técnica apresentada inicialmente e a decisão tomada na hora da votação.
A vereadora Camilla Gonda fez um vídeo sobre o caso e postou na rede social Instagram: