- Atualizado há 18 horas
Afirmando que a população será ouvida, o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), apresentou nesta sexta-feira (19) a proposta da nova concessão do transporte coletivo da capital. O modelo, desenvolvido em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê a modernização do sistema, renovação da frota com ônibus elétricos e a realização de audiências públicas para que os cidadãos participem das discussões sobre o futuro da mobilidade urbana.
Segundo o prefeito, este é “um dos dias mais importantes” de sua gestão e também o maior desafio da cidade para os próximos anos. “Vamos ter audiências e ouvir a população, dando um salto de modernização como há anos não se via. Agradeço ao BNDES e à Câmara de Vereadores, para que a gente possa fazer essa transição com tranquilidade”, destacou.
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A nova concessão prioriza a descarbonização da frota, com a substituição gradual dos veículos atuais por modelos menos poluentes ou elétricos. Entre os investimentos previstos, estão 166 ônibus biarticulados elétricos. A Prefeitura também pretende instalar eletropostos para auxiliar na recarga dos veículos. O contrato seguirá o modelo de parceria público-privada (PPP), no qual a empresa será remunerada pela efetividade do serviço prestado.
De acordo com Pimentel, a proposta tem como objetivo resgatar o usuário do transporte coletivo por meio de uma tarifa justa, integração temporal e qualidade no atendimento. “Queremos que o curitibano volte a confiar no transporte público como primeira opção de deslocamento, com uma frota moderna, integração temporal e tarifa justa”, afirmou.
As audiências públicas estão marcadas para os dias 1º e 15 de outubro, com linhas gratuitas saindo do Terminal Campina do Siqueira. Já a consulta pública ficará aberta entre 19 de setembro e 17 de outubro, no site da URBS. Nela, a população, investidores e entidades terão acesso a todos os estudos técnicos, análises econômico-financeiras e à minuta do edital, que também foi encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR).
O processo prevê o leilão de cinco lotes, com contratos de 15 anos: dois para o sistema de BRT (linhas em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste). A Linha Turismo, por ter caráter comercial, será alvo de um edital separado. O valor total estimado de remuneração é de R$ 18 bilhões durante o período da concessão.
A Prefeitura planeja lançar a licitação em novembro, por meio da bolsa de valores, garantindo ampla concorrência pública. Para Pimentel, trata-se de um passo decisivo rumo à modernização da mobilidade urbana em Curitiba. “São investimentos importantes, que vão transformar o transporte coletivo e marcar o futuro da cidade”, concluiu.
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