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A chegada do inverno marcou um recorde de pacientes atendidos pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Segundo dados da Secretaria de Saúde, os três dias seguidos de plantões de 24h somaram 1.808 atendimentos, um recorde de atendimentos, um aumento de 61%. A Prefeitura de Campo Largo faz um apelo aos moradores para que procurem a UPA em caso real de emergência. A maioria dos atendimentos é relacionado a quadros respiratórios, onde consultas podem ser marcadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Os números mostram que, entre adultos e crianças, na sexta-feira (24/06) o total de 660 pessoas foram atendidas. Já no sábado (25/06) foram 566, enquanto que no domingo foram 582 casos atendidos pelos médicos. Essa situação, na comparação com os dias do fim de semana anterior (17/06 – 452, 18/06 – 393 e 19/06 – 371, total de 1.216), revela um aumento de 61% na procura.
O movimento é monitorado diariamente pela pasta e ultrapassou dias em que, de forma recorrente, a demanda costuma ser maior como, por exemplo, segundas-feiras (após as 18h). E revela que tanto a escala atual do quadro de médicos quanto o protocolo recém implantado – chamado Classificação de Risco – estão ajudando a dar vazão nesse aumento exponencial da demanda que, segundo o quadro médico, se deve a muitos casos com sintomas respiratórios.
A Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, decidiu implementar na UPA, gradativamente, o protocolo criado pelo Ministério da Saúde e utilizado por todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque a ferramenta serve para os profissionais de saúde definirem prioridades de atendimento e organizarem as filas de espera por atendimento. Tal método de classificação é amplamente utilizado no mundo (em mais de 25 países) e determina quais são os atendimentos prioritários na unidade de emergência.
Muitos pacientes que estão no aguardo não entendem como funcionam os critérios para atendimento, especialmente nos casos de urgência. “Lembramos que a maior parte dos casos atendidos na UPA são demorados porque se tratam de urgência e emergência, ou seja, casos mais graves com risco de morte ou que exigem atendimento na hora, bem como transferência para hospitais de referência (um trabalho conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde), procedimento este que possui um tempo de espera. E, nessa rotina, a adoção do protocolo possibilita identificar rapidamente quais são os pacientes estáveis e quais casos precisam ser priorizados”, explica a secretária municipal de saúde, Danielle Fedalto.
Para se entender melhor a demora nos atendimentos é necessário compreender a situação que muitos pacientes chegam à UPA. São desde crises convulsivas, paradas cardiorrespiratórias, hemorragias sem controle, queimaduras no corpo, até mesmo tentativa de suicídio, entre outros. Todos esses mencionados – via de regra – não são atendimentos rápidos e, portanto, exigem uma equipe para atendimento. Ou seja, em situações assim, os médicos dos consultório na UPA, precisam deixar de atender para, rapidamente, compor a equipe de urgência e emergência.
Sendo assim, a Prefeitura solicita que a população colabore procurando por atendimentos que não são de urgência e emergência nos dias de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos seus bairros. Também se mantém a recomendação do uso de máscaras, pois as mudanças típicas de temperatura somadas à flexibilização do uso de máscaras vem ampliando os casos de Síndrome Respiratória e o vírus da Covid-19 segue circulando.