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SEGURANÇA

Última imagem de Raíssa viva mostra a jovem desembarcando de carro ao lado de humorista

Pelas imagens que estão no inquérito policial, Raíssa e Alves chegam na casa dele meio-dia. O humorista dirigia e Raíssa estava no banco do passageiro.
Raíssa e Marcelo chegando na casa dele, antes de ser morta. Foto: Imagem/Polícia Civil
Pelas imagens que estão no inquérito policial, Raíssa e Alves chegam na casa dele meio-dia. O humorista dirigia e Raíssa estava no banco do passageiro.

Elizangela Jubanski

19/06/25
às
14:49

- Atualizado há 8 segundos

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A última imagem de Raíssa Suellen, 23 anos, viva mostra a jovem desembarcando e chegando na casa do acusado pela morte dela, o humorista Marcelo Alves, 40. As imagens são de câmeras de segurança de um equipamento público em frente a casa de Alves, que fica na Cidade Industrial de Curitiba, na segunda-feira, dia 2 de junho. O humorista confessou ter assassinado Raíssa, ambos naturais de Paulo Afonso, na Bahia. À policia, ele disse que mantinha um sentimento amoroso por ela e que, ao se declarar, foi ofendido, e acabou a matando.

Pelas imagens que o Portal Nosso Dia teve acesso, Raíssa e Alves chegam na casa dele meio-dia. O humorista dirigia e Raíssa estava no banco do passageiro. Os dois desembarcam, ela carrega uma caixa pequena, e os dois entram na casa. A morte da jovem ocorre pouco tempo depois, segundo a versão do acusado confesso. Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) devem apontar qual foi o horário exato da morte dela.

Raíssa desembarca do carro emprestado por Alves, pouco antes do crime. Foto: Polícia Civil

Depois disso, segundo o documento da polícia, Dhony – filho de Alves – chega na casa às 14h15. Em menos de quinze minutos, às 14h29, as câmeras registram o humorista ‘transportando objetos até o veículo, e, na mesma hora, Dhony deixa a casa’.

Raíssa e Alves, pouco antes do crime. Foto: Polícia Civil

O Portal Nosso Dia teve acesso ao relatório e o documento descreve a cena seguinte: ‘Seis minutos depois, MARCELO é visto retirando uma bolsa do interior do carro. Em seguida, às 14h36, DHONY retorna ao imóvel carregando uma sacola. Posteriormente, às 14h44, MARCELO retira uma caixa do veículo e a lança para dentro do terreno da casa. Às 15h03, DHONY assume o banco do passageiro enquanto MARCELO dirige o automóvel, momento em que ambos deixam a residência, indicando, com base na dinâmica dos fatos, que se dirigiram para descartar pertences da vítima. Às 16h50, DHONY retorna sozinho à residência e, às 16h57, é flagrado pelas câmeras carregando um saco de lixo. Às 17h30, ambos retornam à residência’, descreve.

Alves aparece novamente às 13h43 – a probabilidade é que Raíssa já estivesse morta. Foto: Polícia Civil

Segundo o documento, o carro emprestado foi colocado de ré na garagem da casa para que o corpo de Raíssa fosse colocado no porta-malas. “Às 17h39, MARCELO passa a manobrar o veículo para estacionar de ré na garagem. Às 17h50, DHONY é visto saindo com um galão de gasolina e deixa o local em uma motocicleta. Às 17h55, MARCELO permanece do lado de fora, aparentemente aguardando o retorno de DHONY, que ocorre às 17h59, momento em que acessa a garagem e estaciona a motocicleta do lado de fora da residência. Às 18h04, MARCELO assume a direção do veículo e DHONY embarca no banco do passageiro. Às 18h05, ambos saem da residência com o propósito de ocultar o cadáver de RAISSA”.

Momento em que carro é colocado de ré na garagem. Foto: Polícia Civil

O humorista e Dhony, dirigindo o carro, retornam para casa às 18h35. Três minutos depois, às 18h38, Dhony sai novamente para devolver o carro ao dono.

Indiciamento

Segundo a conclusão do inquérito policial, o humorista Marcelo Alves agiu de forma dissimulada e o indícios apontam que ele tinha uma obsessão pela vítima. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou Alves por homicídio e ocultação de cadáver.

Sobre Dhony, preso novamente nesta quarta-feira, as investigações sobre a participação dele no caso estão ainda em andamento:

“Ressalta-se que, em relação ao investigado DHONY DE ASSIS, as investigações prosseguem, com o objetivo de aprofundar a apuração quanto à sua efetiva participação nos delitos em apuração, especialmente por meio da análise de diligências em andamento, bem como da eventual obtenção de novas provas. Assim, mantém-se a investigação em curso em relação ao referido indivíduo, visando à completa elucidação dos fatos nos termos da legislação vigente”, concluiu o inquérito.

Crime

Raíssa desapareceu na manhã de segunda-feira, dia 2 de junho, após deixar a casa em que morava com amigas, no bairro Portão, em Curitiba. Ela embarcou no carro de Alves e se despediu das amigas. Essa foi a última vez que amigos e familiares tiveram contato com ela. Logo depois, o celular ficou sem internet e desligado.

O humorista passou a ser interrogado por familiares por ter sido a última pessoa a ter visto a garota. Ele deu versões diferentes, disse que Raíssa tinha ido embora da casa dele para a cidade de São Paulo, no entanto, pouco antes de confessar, disse para a irmã de Raíssa que ‘tudo seria esclarecido nos próximos dias’.

Na segunda-feira, dia 9, Alves foi até a polícia acompanhado de um advogado e confessou ter matado e enterrado o corpo da jovem em uma cova rasa em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo ele, teria matado Raíssa após se declarar a ela e ter recebido uma negativa da parte dela.

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