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O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), Ademar Traiano (PSD), afirmou em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (6), que não estará na Mesa Diretiva da Casa na próxima Legislatura, que tomará posse em fevereiro de 2025. Os nomes que comandarão a ALEP, com o deputado estadual Alexandre Curi (PSD) como presidente, serão confirmados na semana que vem.

Por um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2022, de que apenas uma reeleição ao mesmo cargo na Mesa Diretiva é permitida, Traiano não poderia se candidatar à presidência, mas estaria apto a outros cargos, o que não ocorrerá.

À imprensa, Traiano confirmou que semana que vem acontecerá a eleição, com um acordo já definido entre os partidos da Casa. “Faremos a eleição da Mesa Direita na semana que vem e a posse é em fevereiro do ano que vem. Cumpri minha missão, tenho a grandeza de entender que este é o momento, até pela inviabilidade. Fiz um entendimento que poderia participar em outros cargos e entendo que não era o momento”, disse.

O deputado é presidente da ALEP desde 2015 e agora não fará mais parte da Mesa Diretiva depois de nove anos. Na entrevista, ele falou que o maior desafio no período foram as invasões à ALEP.

“Foram tantas coisas neste tempo. Tivemos as invasões das Casa, ninguém viveu isso com tanta intensidade. Como presidente, tive a responsabilidade de entregar projetos impopulares, mas que eram de interesse do estado. O Paraná tem uma situação invejável fruto da coragem que tivemos”, disse.

Traiano deixará a presidência da ALEP após um período de desgaste pela divulgação do acordo feito com o Ministério Público do Paraná, após ter confessado, em 2020, o recebimento de propina na renovação do contrato de televisão da Alep.

Ainda na nova Mesa Diretiva, o deputado Gugu Bueno (PSD) será o primeiro secretário e a deputada Flávia Francischini (UNIÃO) primeira presidente.