- Atualizado há 7 meses
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A tragédia no Rio Grande do Sul pelas inundações causadas pelas chuvas dominou os discursos no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e serviu como um alerta para ações no estado. Diante disso, na tarde desta segunda-feira (7), ficou definida pela presidência da Casa a criação de uma Comissão Especial para a consolidação de Leis e projetos afim de preparar o Estado para o enfrentamento de emergências climáticas cada vez mais frequentes.
“Assim como foi feito com o Código do Consumidor, do Autismo, em Defesa da Mulher, que possamos fazer a junção de todas as leis e projetos relacionados aos acidentes climáticos, situações cada vez mais comuns. O papel do Legislativo é criar políticas públicas para amenizar a gravidades das consequências. Até como forma de permitir ao Governo agilidade, desburocratizando para promover rápidas soluções. Segurança das barragens, contenção de águas e transição energéticas são alguns dos temas”, sugeriu o deputado Arilson Chiorato (PT), em entrevista acompanhada pelo Portal Nosso Dia.
A deputada estadual Maria Victoria (PP) reforçou que mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à humanidade e exigem ações para reduzir o impacto do aquecimento global. Ela citou, como exemplo, o projeto de lei 271/2024, protocolado na semana passada e que institui o Mercado Regulado de Créditos de Carbono no Estado do Paraná. A iniciativa tem o objetivo de estabelecer um sistema econômico-ambiental regulado, certificado e transparente nos quais os créditos de carbono são comercializados. A expectativa, segundo a deputada, é de que parte do volume financeiro movimentado no Mercado de Carbono possa ser direcionado a investimentos em inovação, tecnologias limpas, infraestrutura e conservação da biodiversidade.
“Muita gente acha que o aquecimento global é conversa de ONG. Mas a realidade está aí, e precisamos de políticas públicas para esse enfretamento, especialmente para ajudar as famílias”, acrescentou o deputado Evandro Araújo (PSD). O deputado Professor Lemos (PT) definiu a situação gaúcha como um cenário pós-guerra. “Precisamos da união de todos neste momento, com todos os meios para socorrer a população”.
Conforme o levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 141,3 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Já o número de mortos em razão dos temporais subiu para 85, de acordo com o último boletim na noite desta segunda-feira. Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.