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Os trabalhadores da Renault em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, decidiram aceitar a proposta da empresa e encerrar a greve na manhã desta segunda-feira (23). Durante os 16 dias de paralisação, a categoria realizou diversos atos em frente à fábrica para pedir melhorias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka, a Renault teve bom senso de atender os trabalhadores. “Avançamos na PLR, ela está voltando para patamares anteriores da pandemia. Estamos também começando a reconquistar perdas dos últimos dois anos, além de uma melhoria importante no vale mercado”, disse.
Segundo o sindicato, a proposta engloba um reajuste de 13,67% ou INPC + 1,5%, acatando o que for mais favorável ao trabalhador a partir do mês de setembro. O vale mercado passa a ser R$ 1 mil a partir de junho de 2022, com reajuste pelo INPC a partir de setembro de 2023.
O INPC é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que é medido pelo IBGE e tem por objetivo a correção do poder de compra dos salários, através da mensuração das variações de preços da cesta de consumo da população.
Uma das principais reivindicações dos trabalhadores era com relação a Participação nos Lucros e Resultados.
Para 2022/2023, segundo o sindicato, ela fica assim:
Pagamento mínimo de R$ 22,5 mil para 2022 para um volume de 198.160 veículos e R$ 23 mil para 2023 acrescido de correção do INPC.
Antecipação de R$ 13.750,00 em 2022, e R$ 14.000,00 em 2023;
Para pagamento de volume de 244 mil carros em 2022 o valor será de R$ 27,5 mil e para o mesmo volume em 2023 o valor será de R$ 28 mil.
A Renault emprega cerca de 5 mil trabalhadores que produzem os modelos Duster, Captour, Kwid, Sandero, Logan, Oroch e Master. A unidade brasileira ainda conta com uma fábrica de motores.