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Pela primeira vez há uma bancada feminina dentro do Parlamento Universitário, da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep-PR). Composta por 21 das 22 parlamentares presentes no P.U., a bancada foi formalizada no início dessa semana . A deputada universitária Luana Vasconcelos (UTFPR) é a líder da Bancada Feminina por votação, junto com a parlamentar Ana Helena Prato (UniFatec) que assumiu a vice-liderança.
Embora a líder reconheça que a criação da bancada acabou formada tardiamente, defendeu que a criação surgiu da necessidade de gerenciar entraves, denúncias e demais situações ocorridas dentro do P.U. “A presidente da Comissão de Direitos das Mulheres foi atrás de formar essa bancada. Foram conversas com as deputadas de ambas as partes, tanto a aliança, quanto a oposição para a formação dessa querida e incrível bancada”, disse Luana.
Acolhida pelas deputadas do Parlamento, a bancada se fortalece como iniciativa para as futuras eleições. “Temos de ter precedentes, temos de fazer história. Quando falamos de bancada feminina, não é só por fazer, não é sobre jogo político, é pensando num futuro. Que as meninas que venham depois saibam que não é só um artigo de regimento. Que nos próximos tenham bancadas mais fortes, e muito mais presentes”, completou a líder da bancada.
Em entrevista para a repórter universitária Nathali Schovarts, representante do Portal Umuarama News, a deputada Ana Helena reiterou o papel da bancada feminina dentro do Parlamento, e sobre as iniciativas que a bancada pode realizar. “Poderíamos fazer uma introdução nesse sentido, de deixar a mulher se expressar da forma que ela quer, e não como ela ‘deveria se expressar’”.
A deputada estadual Mabel Canto (PP), a líder da bancada feminina do Paraná, esteve presente no P.U nesta quarta-feira (23). Ela participou de uma conversa com os parlamentares sobre a atuação, conquistas e avanços dentro da liderança da bancada feminina no Paraná, e reconheceu a importância da iniciativa e da representatividade das mulheres dentro do Parlamento. “Fiquei feliz em ver que essa representatividade dentro do Parlamento Universitário. Até disse ali no plenário, que eu queria que esse fosse o parlamento real: com mais mulheres, e com mais igualdade”.
A primeira bancada feminina da Alep também pode ser considerada pioneira, formalizada pela primeira vez em 2022 é composta pelas parlamentares: Mabel Canto (PP), Maria Victoria (PP), Flávia Francischini (União), Ana Júlia (PT), Cantora Mara Lima (Republicanos), Cloara Pinheiro (PSD), Cristina Silvestri (PP), Luciana Rafagnn (PT), Marcia Huçulak (PSD) e Marli Paulino (SD).
Apesar da iniciativa inédita, a bancada feminina ainda tem pontos a serem aprimorados. A falta de comunicação entre os blocos e parlamentares atrapalhou as articulações para a formação da bancada. Entre promessas e acordos não cumpridos entre os blocos, uma das deputadas que deveria ter assumido a liderança se sentiu sem voz. “Nós tínhamos já feito uma conversa de que eu seria líder, até porque não sabíamos se era votação. Depois chegamos a um consenso que a bancada, em tese, é pra gente conversar entre nós mulheres e decidirmos quem melhor nos representa. Eu nem procurei, acho que debater ou recusar, porque eu senti que isso não faria diferença”, relatou Ana Helena (Unifatec).
Em entrevista à imprensa, a líder Luana Vasconcelos declarou que as duas parlamentares passaram a construir o cargo com coliderança, juntando duas especificidades para uma construção coletiva dentro da bancada. “Não existe vice-líder. Existem as duas vozes de poder dentro da bancada para poder explicitar as denúncias e os pareceres”, finalizou.
*Sob supervisão da Equipe do Portal Nosso Dia
As reportagens sobre a cobertura do Parlamento Universitário (PU) fazem parte de uma parceria entre a Assembleia Legislativa (Alep-PR) e o Portal Nosso Dia. O objetivo é proporcionar aos estudantes de jornalismo que fazem parte do PU a vivência na prática do exercício da Comunicação.