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SEGURANÇA

Técnico de enfermagem que abusou de paciente é denunciado pelo MPPR por 13 crimes

A denúncia, amparada em inquérito policial, relata estupros cometidos, entre novembro de 2023 e outubro deste ano
Técnico de enfermagem está preso (Foto: Reprodução de Vídeo)
A denúncia, amparada em inquérito policial, relata estupros cometidos, entre novembro de 2023 e outubro deste ano

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

08/11/24
às
16:36

- Atualizado há 2 meses

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O técnico de enfermagem acusado de abusar sexualmente de pacientes em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba foi denunciado nesta sexta-feira pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por treze crimes, sendo cinco estrupros de vulneráveis. Além disso, uma perícia no celular dele constatou o registro de imagens de conteúdo pornográfico de um paciente infantil de quatro anos, em um hospital de referência em atendimento pediátrico na capital. Neste caso, o MPPR não tem qualquer indício de que houve abuso sexual.

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A denúncia, amparada em inquérito policial, relata estupros cometidos, entre novembro de 2023 e outubro deste ano, contra cinco vítimas (quatro delas já identificadas). Em todas as situações citadas nos autos as vítimas estavam sedadas. Além desses abusos, o MPPR aponta como vítima um ex-companheiro do acusado, para quem ele transmitiu HIV ao manter relação sexual deliberadamente sem o uso de preservativo – a vítima não sabia dessa condição de saúde do denunciado.

Segundo a promotora Tarcila Santos Teixeira, do MPPR, outras denúncias ainda podem ser descobertas, já que o celular do técnico de enfermagem, que está preso preventivamente, passa por perícia. “Estamos entregando a denúncia contra o acusado pelos abuso sexuais em unidades de saúde em Curitiba, contra vítimas sedasas e internadas. As investigações ainda prosseguem, porque há vitimas não identificadas. Muito ainda pode ser recuperado no celular pela perícia, então há potencial de novas informações”, descreveu.

Sobre o caso do menino filmado em um hospital de Curitiba, a promotora disse que o caso está em sigilo. “Um registro de imagem de região íntima por ocasião de internação de uma criança. Ele não compunha a equipe desta criança. Teve acesso privilegiado e fez um registro fotográfico apenas. Como é uma criança, preferimos manter o sigilo. Não há indícios de abuso”, afirmou.

Caso condenado com pena miníma apenas pelos estupros, ele pegaria 40 anos de prisão. Além disso, será pedido indenização individual as vítimas e também coletivas. Por enquanto, não há indicíos de erro por parte do poder público. “Há um alerta que passa a permear as condutas em ter mais cuidado em quem você coloca para trabalhar com vulneráveis, mas neste caso não tempos indício de que essa pessoa tivesse um passado que justificasse um cuidado específico”, ressaltou.

Crimes

O técnico de enfermagem foi denunciado por estupro de vulnerável, registro e compartilhamento não autorizado de intimidade sexual, produção de conteúdo pornográfico envolvendo criança, armazenamento de conteúdo pornográfico infantil, lesão corporal de natureza grave pela transmissão de doença incurável (HIV). Pesa ainda como agravante de aumento de pena o fato dos crimes terem sido cometidos em função do cargo que o denunciado ocupava – de profissional responsável pelos setores onde os abusos aconteceram – e das vítimas serem pessoas hospitalizadas, em situação de desgraça particular.

As investigações sobre o caso tiveram início após o companheiro do investigado encontrar imagens dos abusos no celular dele. Ele está preso preventivamente.

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