- Atualizado há 6 meses
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o Padre Joaquim Parron Maria, da Congregação do Santíssimo Redentor e fundador do movimento SOS Vila Torres, recebeu na tarde desta segunda-feira o título de cidadão honorário do Paraná. Para o missionário redentorista Padre Parron “neste título de Cidadão Honorário do Paraná, o sentido principal é a solidariedade das ações realizadas para os que mais precisam.
“Quando recebemos este título, a gente está destacando o que marca as pessoas e o que nós queremos promover, onde a gente possa estender as mãos para aquele que está caído. Por isso, esse título vem justamente nesse sentido, ou seja, não é para mim, mas é justamente para essa caminhada, para essa luta em promover a dignidade na sociedade. Acho que este título é um grande convite para a classe política colocar o pé no barro, conhecer essas comunidades, conhecer a realidade e assim, para desenvolver políticas públicas que não só mate a fome dessas pessoas, mas que transforme a realidade delas”, disse o padre Parron.
A proposta de homenagem foi por parte da deputada Ana Julia (PT), que destacou o trabalho feito por Parron, que deve ser um exemplo para a classe política. “Nós precisamos conseguir fazer a política da forma que ela de fato envolva as pessoas e resolva os problemas das pessoas, dê a elas dignidade de vida, dê a elas justiça social, e o Padre Parron faz esse trabalho. Nesse mundo, onde muitas vezes está sendo usada a religião em vão para se fazer política de forma que muitas vezes rouba a dignidade das pessoas. Importante a gente exaltar quem faz a política com o Evangelho, quem faz a política em busca da solidariedade, em busca do bem comum. Então, fico muito feliz de o Padre Parron ter aceitado esse título de Cidadão Honorário do Estado do Paraná porque ele está aqui no Paraná mudando a vida das pessoas”, disse a deputada.
O senador Flávio Arns (PSB) esteve presente na sessão plenária e manifestou sua satisfação em participar da entrega do título de Cidadão Honorário ao Padre Parron. “Quando pensamos no Padre Parron vemos uma pessoa que acolhe. É a atitude, a abertura, o sorriso, a palavra, o diálogo, e o mundo precisa disso, de pessoas que acolham, que recebam, que demonstrem solidariedade pelo olhar, pela palavra, e é o que Padre Parron faz. Se olharmos SOS Vila Torres, o programa se transformou em um programa municipal. Foram milhares de atendimentos no momento muito difícil da história do mundo, a pandemia. Combater a fome, oferecer educação, chances, oportunidades para que as pessoas se sintam dignas, com uma vida adequada. Esse é o Padre Parron”.
Trajetória
Formado em Filosofia e Teologia, Parron também é professor de Ética no Seminário Claretiano e foi escolhido como membro do Conselho Extraordinário da recém-fundada Província Redentorista de Curitiba, e nomeado como reitor do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Alto da Glória. Tem Doutorado em Ética Social pela The Catholic University of America e Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Atuou pastoralmente nos EUA, Irlanda, Argentina e Tailândia. Foi superior provincial dos Redentoristas por dois períodos.
Em 2020, já no início da pandemia da covid-19, Parron criou o Movimento SOS Vila Torres, especialmente para atender as pessoas que ficaram sem trabalho por conta do isolamento social. Atualmente chamado de SOS Combate à Fome, o movimento distribui atualmente cerca de 2 mil cestas básicas por mês, em sete comunidades de Curitiba. De lá para cá, já foram distribuídas cerca de 1.500 toneladas de alimentos aos necessitados.
Além da distribuição de alimentos, o Movimento também promove programas de capacitação e encaminhamento ao emprego, fazendo parcerias com empresas que oferecem vagas e professores que atuam na preparação dos currículos e das habilidades dos trabalhadores.
Profundo incentivador da independência, autonomia e organização do povo trabalhador, Parron realiza trabalhos sociais em várias comunidades, e é um dos fundadores do FORT (Frente de Organização dos Trabalhadores), cujo símbolo é o martelo do trabalho e a colher das cozinhas, que realiza trabalhos sociais, solidários, e hoje sustenta duas cozinhas comunitárias, na vila Pantanal e na vila União, no Tatuquara.
É presença constante também nas mesas de mediação e negociação do governo do Paraná e a campanha Despejo Zero, que hoje representa 8 mil famílias em Curitiba contra despejos forçados e por moradia.