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SEGURANÇA

Sócio de clínica em que pacientes eram mantidas em cárcere é preso; mais dez mulheres são resgatadas

A prisão é um desdobramento de uma operação iniciada na segunda-feira (24), quando o coordenador do estabelecimento foi detido e cinco mulheres foram resgatadas
A prisão é um desdobramento de uma operação iniciada na segunda-feira (24), quando o coordenador do estabelecimento foi detido e cinco mulheres foram resgatadas

Redação com PCPR

27/03/25
às
13:57

- Atualizado há 5 dias

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu em flagrante um homem, de 50 anos, que é o sócio administrador da unidade onde foram encontradas mulheres mantidas em situação de cárcere privado. Esta segunda prisão aconteceu nesta quarta-feira (26), em Antonina, no Litoral do Estado. Mais 10 mulheres foram resgatadas.

A prisão é um desdobramento de uma operação iniciada na segunda-feira (24), quando o coordenador do estabelecimento foi detido e cinco mulheres foram resgatadas. Em nova diligência, motivada por informações adicionais, a equipe policial constatou a presença de mais vítimas internadas irregularmente.

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Conforme o delegado da PCPR Emmanuel Lucas Soares, o responsável pela clínica foi autuado por manter as pacientes sem atender aos requisitos legais necessários, configurando o crime de cárcere privado. 

As investigações revelaram que, embora as pacientes não estivessem confinadas em ambientes fechados ou em condições degradantes no momento da abordagem desta quarta-feira, suas internações não foram comunicadas ao Ministério Público, como exige a legislação.

“O Ministério Público do Paraná acompanhou a operação, requisitou documentos da clínica e emitiu uma recomendação para sua interdição, além de solicitar judicialmente a suspensão das atividades”, explica. 

As vítimas, que foram resgatadas com o apoio da Assistência Social de Antonina, passaram por acolhimento inicial e iniciaram o processo de reintegração com suas famílias após acompanhamento médico e psicossocial.

Durante a ação, as vítimas relataram maus-tratos praticados pelos funcionários da clínica. Testemunhas confirmaram a existência de um ambiente conhecido como “quarto zero”, utilizado para isolar pacientes desobedientes, onde elas eram obrigadas a fazer suas necessidades fisiológicas em baldes e, por vezes, eram algemadas. Além disso, as internas tinham seus contatos com familiares monitorados e frequentemente interrompidos.

As investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos. O homem foi encaminhado ao sistema penitenciário. 

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