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A gerente de meteorologia do Simepar, Sheila Paz, anunciou que o tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, foi reclassificado da categoria F2 para F3 na Escala Fujita, à luz de novos dados e imagens de radar e de sobrevoo. Segundo Sheila Paz, a estimativa de ventos da ordem de 250 km/h, registrada durante o fenômeno, permite enquadrar o evento entre as mais severas categorias da escala.
A escala de Fujita, criada em 1971 pelo meteorologista Tetsuya Theodore Fujita, classifica tornados com base nos danos observados em edificações e vegetação, e não apenas na velocidade dos ventos. Para o nível F3, a faixa estimada de ventos é entre 254 e 332 km/h, segundo a escala tradicional.
Sheila Paz explicou que, desde o início da semana, a equipe do Simepar iniciou uma operação especial para acompanhar a formação de um ciclone extratropical, que gerou uma frente fria e organizou tempestades em formato de supercélula — uma das quais originou o tornado. “O tornado de Rio Bonito do Iguaçu chamava atenção pela intensidade e pelos danos observados, e a análise das imagens e in loco nos leva à conclusão de que o fenômeno está compatível com a categoria F3”, disse ela.
Ainda segundo a meteorologista, a frente fria que chegou ao estado já se deslocou para fora do território paranaense na madrugada de sábado, mas os efeitos permanecem sendo monitorados. A equipe técnica do Simepar, em conjunto com a Defesa Civil do Paraná, segue em sobrevoo nas áreas atingidas (Rio Bonito do Iguaçu e região de Guarapuava) e prestando apoio à imprensa e populações locais com informações meteorológicas.
A reclassificação da categoria do tornado reforça a gravidade dos danos — entre eles, destruição de casas, destelhamentos e destruição de árvores e postes — e também reitera a importância dos sistemas de alerta meteorológico e das medidas preventivas.