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O segundo suspeito preso pelo assassinato do jornalista Cristiano Freitas, de 47 anos, em Curitiba, participou efetivamente do crime e ajudou o garoto de programa, Jonathan Barros Cardoso, de 27 anos, a amarrar as mãos da vítima. A informação foi dada na manhã desta quarta-feira (23) pelo delegado Ivo Viana, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
Segundo o delegado, Jonathan e o segundo suspeito preso se conheceram em um terreiro que frequentavam e foram juntos até a casa do jornalista, no bairro Jardim das Américas, no dia 4 de março, onde cometeram o assassinato. A intenção, conforme as investigações, era extorquir o jornalista, mas a situação saiu do controle após uma possível reação dele.
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“Apuramos pelas investigações que dentro do carro havia uma segunda pessoa, que ajudou a amarrar as mãos e praticar o mata-leão no jornalista. Na delegacia, o rapaz preso hoje confessou o crime, mas afirmou que a intenção era fazer a extorsão e que a situação teria saído do controle. Já o Jonathan (que permanece preso) ficou em silêncio em depoimento”, destacou o delegado.
Jonathan foi preso dois dias após o crime em um flat no Centro de Curitiba. Conversas no aplicativo WhatsApp, encontradas no computador do jornalista, confirmam que no dia do crime havia um encontro marcado com o garoto de programa. A novidade é a presença do segundo suspeito no local do crime. “Os dois se conheceram em um terreiro que frequentavam e haviam praticado já um crime semelhante de extorsão alguns dias antes. Os dois têm passagens pela polícia por crimes patrimoniais. A informação é que o Jonathan sabia que o jornalista tinha joias de valor dentro da residência”, explicou Viana.
Agora, os dois suspeitos devem responder por extorsão com resultado morte. O inquérito policial deverá ser concluído nos próximos dias.
Antes do assassinato de Cristiano, Jonathan ficou preso cinco meses pelos crimes de roubo e extorsão, cometidos durante um encontro com um homem em agosto do ano passado, segundo a Polícia Civil do Paraná. No dia 13 de fevereiro, ele foi solto pela Justiça de Curitiba e, em pouco tempo, é suspeito de cometer três crimes semelhantes, um deles contra Cristiano. Saiba mais clicando aqui.
Cristiano teve uma trajetória marcante na imprensa paranaense, sendo editor do projeto Gazetinha, do jornal Gazeta do Povo, uma iniciativa que revelou muitos talentos para o jornalismo local.
Defesa de Jonathan
A defesa de Jonathan Barros Cardoso, de 27 anos, afirmou que a morte do jornalista Cristiano Luiz Freitas, de 46 anos, aconteceu durante um desentendimento no contexto de um programa sexual. Conforme o advogado Valter Ribeiro Júnior, houve uma discussão acalorada e, posteriormente, um embate físico que, infelizmente, terminou na morte do jornalista.
”Diferente do que foi divulgado, Jonathan nega veementemente que tenha praticado o crime de latrocínio – roubo seguido de morte. Jonathan é garoto de programa e o que ocorreu, de fato, foi um desentendimento entre ele e o jornalista, dentro do contexto de um programa sexual – contratado pela vítima –, com relação a valores a serem pagos. A defesa teve acesso a prints de conversas que esclarecem essa versão“, disse o advogado.
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A defesa do suspeito preso hoje não foi localizada.